47% dos executivos de TI não confiam na proteção dada ao trabalho remoto

Segundo estudo da Thales, 90% das empresas brasileiras estão preocupadas com cibersegurança do home-office

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1:54 pm - 27 de outubro de 2021

Os profissionais brasileiros de tecnologia (ou ao menos 90% deles) se dizem preocupados com os riscos e ameaças cibernéticas que rondam o trabalho remoto e híbrido, e 61% dizem que usam principalmente ferramentas tradicionais, como VPNs, para viabilizar o acesso oferecido aos funcionários. O problema é que quase metade (47%) diz não confiar que os sistemas de segurança que usam efetivamente protegem essa modalidade de trabalho.

Os dados fazem parte de um estudo global da Thales – o Índice de Gerenciamento de Acesso 2021 –, encomendado à 451 Research. O objetivo foi entender principalmente riscos e desafios de segurança causados pelo aumento do trabalho remoto e o uso da nuvem.

A pesquisa também descobriu que a COVID-19 teve impacto na infraestrutura de segurança, particularmente no gerenciamento de acesso e autenticação. Isso levou as empresas a aumentarem a adoção de estratégias modernas de segurança, como Zero Trust.

Panorama de soluções

De acordo com o índice da Thales, as empresas têm vários sistemas diferentes implantados para acesso remoto, sendo a VPN a mais comum. Infraestrutura de área de trabalho virtual, acesso baseado em nuvem e acesso à rede Zero Trust/perímetro definido (ZTNA/SDP) vieram logo depois.

Quando perguntados sobre quais novas tecnologias de acesso planejavam implantar devido à pandemia, quase metade (43%) indicou ZTNA/SDP (zero trust network access/ software-defined perimeter) como uma das principais escolhas tecnológicas.

O estudo também descobriu planos dos entrevistados de ir além dos ambientes VPN tradicionais: 42% esperam substitui-la por ZTNA/SDP, enquanto 44% esperam implantar uma solução de gestão de acesso na nuvem baseada em políticas, autenticação multifator (MFA) e SSO.

“Os resultados da pesquisa demostram que a maioria dos profissionais de segurança e privacidade no Brasil já adotaram uma política de Zero Trust [27%] ou estão planejando sua implantação por meio de um plano formal [26%]. Ainda estamos iniciando essa jornada, mas os números são promissores visto que representam mais da metade das empresas entrevistadas”, diz Sérgio Muniz, diretor de gestão de acesso e identidade da Thales na América Latina.

Entre os entrevistados, 42% disse adotar autenticação de dois fatores, 64% para funcionários remotos que não são de TI e 50% para diferentes perfis de terceiros acessando sistemas, como consultores, parceiros e fornecedores. O investimento em MFA ainda fica atrás de outras ferramentas de segurança como firewalls, segurança de endpoint, SIEM e segurança de e-mail.

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