10 principais tendências tecnológicas de 2025

Inteligência artificial segue impulsionando tendências, acompanhada de outras tecnologias ainda mais disruptivas

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2:00 pm - 29 de outubro de 2024
Imagem: Shutterstock

O Gartner, consultoria norte-americana que mede o mercado de tecnologia, revelou sua tradicional lista de principais tecnologias para ficar de olho em 2025. São dez no total, com destaque óbvio para as soluções que utilizam técnicas de inteligência artificial.

“As principais tendências tecnológicas estratégicas do ano abrangem imperativos e riscos da inteligência artificial (IA), novas fronteiras da computação e a sinergia entre humanos e máquinas”, explica em comunicado Gene Alvarez, vice-presidente e analista do Gartner e um dos responsáveis pelo estudo. “Acompanhar essas tendências ajudará os líderes de TI a moldarem o futuro de suas empresas com inovação responsável e ética.”

As principais tendências tecnológicas estratégicas para 2025 são:

Agentic AI

Sistemas de Agentic AI (Inteligência Artificial Agêntica) planejam e tomam ações de forma autônoma para atingir objetivos definidos pelos usuários. A Agentic AI promete uma força de trabalho virtual que pode aliviar e potencializar o trabalho humano.

O Gartner prevê que, até 2028, pelo menos 15% das decisões diárias de trabalho serão tomadas autonomamente por meio da Agentic AI, em comparação com 0% em 2024. As capacidades orientadas por metas dessa tecnologia entregarão sistemas de software mais adaptáveis, capazes de efetuarem uma ampla variedade de tarefas.

Plataformas de governança de IA

As plataformas de governança de IA fazem parte do framework de gestão de confiança, risco e segurança (TRiSM) de IA do Gartner, e prometem às empresas gerenciar o desempenho legal, ético e operacional de sistemas de IA. Essas soluções podem criar, gerenciar e aplicar políticas para o uso responsável da IA, explicar como esses sistemas funcionam e fornecer transparência.

O Gartner prevê que, até 2028, as empresas que implementarem plataformas abrangentes de governança de inteligência artificial irão experimentar 40% menos incidentes éticos relacionados à IA em comparação com as que não implementarem.

Segurança contra desinformação

Categoria emergente de tecnologia que sistematicamente discerne a confiança e visa fornecer sistemas metodológicos para garantir integridade, avaliar autenticidade, prevenir falsificações e rastrear a disseminação de informações prejudiciais. Até 2028, o Gartner prevê que 50% das empresas começarão a adotar produtos, serviços ou recursos projetados para lidar com casos de uso de segurança contra desinformação, em comparação com menos de 5% hoje.

A disponibilidade e o estado avançado das ferramentas de IA e aprendizado de máquina sendo utilizadas para fins prejudiciais devem aumentar o número de incidentes de desinformação direcionados às empresas. Se isso não for controlado, a desinformação pode causar danos significativos e duradouros a qualquer companhia, diz o Gartner.

Criptografia pós-quântica

Oferece proteção de dados resistente aos riscos de decodificação da computação quântica. À medida que os desenvolvimentos em computação quântica avançam, espera-se que vários tipos de criptografia convencional se tornem obsoletos.

Não é fácil trocar métodos criptográficos, então as empresas devem se preparar com antecedência, diz o Gartner, que prevê que até 2029 a maioria das criptografias assimétricas convencionais serão inseguras para uso.

Inteligência invisível ambiental

Viabilizada por etiquetas inteligentes e sensores de baixo custo e pequeno porte, que permitem rastreamento e sensoriamento em larga escala a preços acessíveis. A longo prazo, a inteligência invisível ambiental permitirá uma integração mais profunda de sensoriamento e inteligência no cotidiano.

Até 2027, diz o Gartner, os primeiros exemplos da tecnologia se concentrarão na resolução de problemas imediatos, como verificação de estoque no varejo ou logística de mercadorias perecíveis.

Computação com eficiência energética

O Gartner diz que a TI impacta a sustentabilidade de várias maneiras. Em 2024, a principal consideração para a maioria das organizações é a pegada de carbono. Aplicações intensivas em computação, como treinamento de IA, simulação, otimização e renderização de mídia, provavelmente serão os maiores contribuintes para a pegada de carbono das empresas, pois consomem a maior quantidade de energia.

Leia também: Gastos mundiais com TI crescerão 9,3% em 2025, projeta Gartner

O Gartner espera que, a partir do fim da década de 2020, várias novas tecnologias de computação, como ótica, neuromórfica e aceleradores, emergirão para tarefas específicas, como IA e otimização, que utilizarão significativamente menos energia.

Computação híbrida

Novos paradigmas de computação continuam surgindo, incluindo unidades de processamento central, unidades de processamento gráfico, borda (edge), circuitos integrados de aplicação específica, neuromórfica, e paradigmas de computação quântica clássica e ótica. A computação híbrida combina diferentes mecanismos de computação, armazenamento e rede para resolver problemas computacionais.

Esse formato de computação ajuda as empresas a explorar e solucionar problemas, permitindo que tecnologias como a IA superem limites tecnológicos atuais. A computação híbrida será usada para criar ambientes de inovação transformadores altamente eficientes, que operam de forma mais eficaz do que os convencionais.

Computação espacial

A computação espacial aprimora digitalmente o mundo físico com tecnologias como realidade aumentada e realidade virtual. Este é o próximo nível de interação entre experiências físicas e virtuais. O uso da computação espacial aumentará a eficácia das empresas nos próximos cinco a sete anos, por meio de fluxos de trabalho simplificados e colaboração aprimorada.

O Gartner prevê que, até 2033, a computação espacial crescerá para US$ 1,7 trilhões, em comparação com os US$ 110 bilhões registrados em 2023.

Robôs polifuncionais

Máquinas polifuncionais têm a capacidade de realizar mais de uma atividade e estão substituindo robôs para tarefas específicas, que são projetados para executar repetidamente uma única iniciativa. A funcionalidade desses novos robôs melhora a eficiência e proporciona um retorno sobre o investimento (ROI) mais rápido.

Os robôs polifuncionais são projetados para operar em um mundo com humanos, o que permitirá uma implementação rápida e fácil escalabilidade. O Gartner prevê que, até 2030, 80% dos humanos interagirão com robôs inteligentes diariamente, em comparação com menos de 10% hoje.

Aprimoramento neurológico

Melhora habilidades cognitivas humanas usando tecnologias que leem e decodificam a atividade cerebral. A tecnologia lê o cérebro de uma pessoa usando interfaces cérebro-máquina unidirecionais ou interfaces cérebro-máquina bidirecionais (BBMIs).

Segundo o Gartner, isso tem um enorme potencial em três áreas principais: aprimoramento humano, marketing de próxima geração e desempenho. O aprimoramento neurológico melhorará as habilidades cognitivas, permitirá que as marcas saibam o que os consumidores estão pensando e sentindo, e aumentará as capacidades neurais humanas para otimizar os resultados.

O Gartner prevê que, até 2030, 30% dos trabalhadores do conhecimento serão aprimorados e dependentes de tecnologias como BBMIs (financiadas tanto por empregadores quanto por eles mesmos) para se manterem relevantes com o aumento da IA no local de trabalho, em comparação com menos de 1% em 2024.

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Redação

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