Mercado de serviços de TI cresceu 6% em doze meses no Brasil
Faturamento no período superou R$44 bilhões

Nos últimos 12 meses, o mercado de serviços de TI no Brasil cresceu 6% no resultado anualizado, ultrapassando a marca de R$44 bilhões. O crescimento foi registrado pela consultoria IDC em seu Brazil Semiannual Services Tracker.
Segundo Luiz Monteiro, analista de pesquisa e consultoria em serviços de TI da IDC Brasil, a linha de serviços gerenciados obteve performance semelhante à do mercado total, mesmo com a queda de receita, efeito da pandemia. “Os reflexos foram sentidos por meio de postergações, revisões contratuais e pressão sobre os valores praticados pelos fornecedores de TI”, pontuou.
Em serviços gerenciados, os que lideraram o período foram os relativos à infraestrutura, chegando próximo a dois dígitos no resultado anualizado. “Essa tendência vem se mantendo e deve permanecer, dada a continuidade de investimentos em infraestrutura pelos cloud providers, somado ao avanço das corporações em direção a ambientes híbridos, que contemplam data centers, nuvens públicas e privadas, além de estruturas próprias”, explica o analista.
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Ainda segundo a IDC, o mercado primário orientado a projetos, que contempla consultorias, desenvolvimentos e integrações em contratos não recorrentes, foi o que mais avançou. Os serviços de consultoria em TI também apresentaram resultados próximos a dois dígitos, enquanto atuações voltadas a redes e networking avançaram, entre outros motivos, pela aceleração de projetos envolvendo SD-WAN.
“Por outro lado, mesmo com aumento na quantidade de projetos envolvendo o refresh de parques de equipamentos, as iniciativas envolvendo entrega e suporte de hardware avançaram mais timidamente, ainda sob influência da instabilidade na cotação do dólar”, esclarece Monteiro.
Para os próximos meses, as perspectivas da IDC Brasil para o mercado de serviços de TI em 2021 continuam positivas, mesmo frente ao cenário econômico geral não favorável de crescimento do PIB e inflação ascendente.
“Os períodos seguintes indicam, entre outras tendências, para maior necessidade de interconexão das empresas com os seus respectivos ecossistemas produtivos e logísticos”, finaliza o analista.