Não vou bater na tecla que a boa e velha rotina com a qual estávamos acostumados foi por água abaixo em 2020. A alternativa encontrada é a adaptação: o trabalho é possibilitado por meio de softwares, os atendimentos médicos são feitos em videochamadas e o aprendizado acontece no formato EAD. Esses são alguns exemplos de como, mesmo que indiretamente, a crise aprofundou a familiaridade dos brasileiros com soluções digitais. E sinceramente, acredito que tal comportamento não será esquecido quando a pandemia passar. Na verdade, a tendência da digitalização se consolidará em áreas mais complexas, como carreiras e educação e mudará o formato tradicional de aprendizado e capacitação.
O ensino remoto mostrou indícios de crescimento nos últimos anos e projeções interessantes para o futuro. Um estudo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), estima que em 2022 o número de calouros em aulas à distância superará os matriculados no modelo tradicional. Tal informação mostra como o conhecimento está cada vez mais acessível, principalmente para quem tem uma rotina intensa e/ou moram longe das metrópoles brasileiras e buscam praticidade no aprendizado. Além dos calouros, também é válido considerar profissionais com carreiras consolidadas que investem em cursos EAD para ampliar suas habilidades para o “novo normal”.
Mesmo que o chamado “Novo normal” ainda seja uma incógnita, os profissionais buscam aproveitar o tempo livre da reclusão para aprofundarem seus conhecimentos e habilidades, seja para se tornar um especialista em seu cargo atual ou para se lançar em um novo momento profissional e se tornar seu próprio chefe. Hoje, quando falamos de trabalhar de forma autônoma ou se tornar um freelancer, é comum que a primeira coisa que venha a mente é a Gig Economy, mais conhecida como “a economia dos bicos”. Porém, em um novo contexto de pós-pandemia, eu aposto as minhas fichas no fortalecimento de uma nova tendência: a Passion Economy.
Como o próprio nome diz, a Passion Economy é uma tendência na qual profissionais podem monetizar habilidades e conhecimentos com um propósito. Os negócios criados com essa perspectiva tendem a ser criativos e possibilita a união entre flexibilidade, vocação e realização; e assim como a digitalização que comentei, esse movimento também foi impulsionado pela pandemia que fez as pessoas adaptarem seus estilos de vida e/ou planos de carreira. Apesar do nome ser novo e parecer que essa tendência surgiu agora, não posso deixar de pensar que já falava de Passion Economy quando disse: “Escolha um trabalho que você ama e você nunca terá que trabalhar um dia sequer na vida”…
*Nilson Filatieri é CEO e cofundador da HeroSpark. Engenheiro elétrico formado pela Universidade Estadual de Londrina, possui vasta experiência em estratégia, operações, marketing digital e desenvolvimento de produto.
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