Lei do Bem é principal meio de financiar inovação nas empresas, indica estudo
Segundo estudo do FI Group, incentivo fiscal se mostra vantajoso para empresas que buscam avançar projetos de P&D
Incentivos fiscais para pesquisa e desenvolvimento (P&D) são hoje os principais meios de inovação nas empresas, indica um estudo da consultoria multinacional FI Group. A Lei do Bem destaca-se como o benefício de maior interesse pelas empresas, com 61% de relevância.
De acordo com o levantamento, os outros incentivos mais procurados pelas empresas foram aqueles relacionados à importação (Ex-Tarifário) (30%), incentivos fiscais à P&D setoriais (Lei de Informática, Rota 2030) (28%), linhas de financiamento público reembolsável (19%) e credenciamento via Agência Especial de Financiamento Industrial, a Finame (10%).
A aceleração digital vivenciada nos últimos anos seria um dos principais fatores para que o interesse das empresas pelos incentivos fiscais ligados à P&D, em especial a Lei do Bem, tivessem um crescimento expressivo.
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“A tecnologia tem se tornado, cada vez mais, uma catalisadora do acesso aos incentivos fiscais, uma vez que facilita o processo de gestão de tarefas operacionais que fazem parte da metodologia dos projetos de Pesquisa & Desenvolvimento”, destaca Rafael Costa, Country Director do FI Group.
Na visão de Costa, a Lei do Bem assegura algumas vantagens em relação aos financiamentos. “Os financiamentos apresentam características de garantias e estruturação preditiva da condução das inovações, as quais são complexas para uma parte significativa das empresas. Por outro lado, a Lei do Bem é como um “start” nessa estruturação mais avançada sobre os projetos de P&D, que futuramente podem ampliar as possibilidades de novas adesões a financiamentos”, comenta.
A pesquisa, realizada no início de 2022, contou com a participação de empresas pertencentes à base 1.900 clientes do FI Group, de setores diversos como Contabilidade, Financeiro e Controladoria (57%), Fiscal (13%), P&D, Qualidade e Inovação (11%), Administrativo (8%), Técnico e Engenharia (3%), TI (3%), Diretoria (3%), Desenvolvimento de Negócios (1%) e Prevenção de Perdas (1%).