Lacuna de disponibilidade na TI de empresas resulta em US$ 16 milhões em perdas anuais

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4:45 pm - 19 de fevereiro de 2016
A lacuna de disponibilidade de serviços de empresas tem causado um pouco de dor de cabeça para a TI e resultado em perdas da ordem de US$ 16 milhões por ano em produtividade e receitas, além de causar impacto negativo na confiança entre cliente e na integridade da marca. Isso é o que aponta um levantamento encomendado pela Veeam e realizado por Vanson Bourne, especialista de pesquisa de mercado independente.
 
O estudo afirma que há uma enorme desconexão entre as demandas dos usuários e a habilidade da TI de possibilitar a empresa always-on 24/7, com o número de incidentes e a duração deles maior do que em 2014 – no ano passado, a porcentagem chegou a 84%, 2% acima do ano anterior. De acordo com a Veeam, isso indica que as organizações ainda não estão prestando atenção suficiente nas necessidades de seus usuários.
 
O montante de perdas cresceu US$ 6 milhões em 12 meses, apesar de quase todos os respondentes terem dito que implementaram medidas mais severas para reduzir incidentes de disponibilidade, e que 48% de todas as cargas de trabalho são consideradas de missão crítica (com um aumento para 53% até 2017).
 
Com o número da população conectada no mundo elevada para níveis recordes no ano passado (3,4 bilhões ou cerca de 42% do globo) e previsões de que haverá quase 21 bilhões de dispositivos conectados até o fim de 2020, a necessidade de entregar acesso 24/7 a dados e aplicações nunca foi tão importante.
Entretanto, parece que as empresas não receberam a mensagem, apesar de que mais de dois terços dos respondentes afirmaram ter investido bastante na modernização do data center, especificamente para aumentar os níveis de disponibilidade.
“Empresas modernas estão se tornando negócios orientados para software, então os departamentos de TI não podem mais escapar com serviços que são ‘ok’; a disponibilidade contínua é fundamental”, afirma Ratmir Timashev, CEO da Veeam. 
Ele continua. “Nos 12 meses desde o nosso último estudo, o número de paradas anuais que não são planejadas aumentou [de 13 para 15] e elas também estão durando mais e demorando muito mais tempo para serem recuperadas”, observa, ressaltando que isso é algo “inaceitável”, já que a economia atual demanda velocidade e confiabilidade.
Impacto financeiro
O levantamento calcula que o custo médio por hora da parada para uma aplicação de missão crítica chega a pouco menos de US$ 80 mil. O custo médio por hora em perda de dados resultante de paradas para uma aplicação de missão crítica chega a pouco menos de US$ 90 mil. Quando se trata de aplicações que não são de missão crítica, o custo médio por hora é acima de US$ 50 mil em ambos os casos.
A perda de confiança do cliente (68%), danos à marca da organização (62%), e perda da confiança do funcionário (51%) foram os três resultados ‘não financeiros’ mais citados da fraca disponibilidade.
Para a pesquisa, feita no final de 2015, foram entrevistados 1.140 tomadores de decisão sênior de TI de grandes empresas do Brasil e de outros 24 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, China, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hong Kong, Itália, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Países Nórdicos, Polônia, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Singapura e Suíça.

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