Inteligência artificial melhora a vida de pessoas com déficit cognitivo

Pesquisador brasileiro lidera projeto para capacitar pessoas com mobilidade reduzida e diagnóstico precoce de autismo.

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8:08 am - 23 de outubro de 2019

Imagine um andador robótico com rodas movidas a motor e sensores que detectam a intenção do movimento, capacitando pessoas com lesão na coluna ou acidente vascular cerebral (AVC), para que se locomovam com segurança dentro de casa ou em terrenos irregulares. Esta é a pesquisa focada em um sistema inteligente liderado pelo engenheiro brasileiro Anselmo Frizera Neto, membro do IEEE — maior organização técnica-profissional do mundo dedicada ao avanço tecnológico para humanidade.

Professor associado de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Espírito Santo, Frizera realiza pesquisas em prol de pessoas que possuem mobilidade reduzida por fatores motores ou cognitivos, com aplicação de Inteligência Artificial. Um dos projetos é a cadeira de rodas que permite a pacientes, que perderam movimentos nas pernas e braços, acionar eletrodomésticos e se mover em sua casa com um simples movimento dos olhos.

O membro do IEEE desenvolve pesquisa de inclusão de pessoas com déficit cognitivo, que possui aplicação de robôtica e Inteligência Artificial. Trata-se de um dispositivo para detectar o autismo em criança, usando o método de ‘aprendizagem de máquina’, onde o sistema é alimentado com dados dos exames de pacientes com suspeita da doença. Após processar as informações, o algoritmo avalia se a pessoa possui ou não autismo. “Em um ambiente monitorado por câmeras e sensores, um robo interage com a criança. Cada reação é avaliada pelo sistema, que indica potenciais sintomas, possibilitando o diagnóstico precoce e o tratamento adequado”, finaliza Frizera.

Atento ao potencial dos dispositivos wereable (“vestíveis”), o professor desenvolveu sensores acionados por fibra ótica e sistemas eletrônicos para aperfeiçoar a integração dessas peças com os dispositivos. Frizera defende que uma das oportunidades de uso dos dispositivos wereable é o monitoramento da evolução clínica de pacientes, em especial idosos, fora do ambiente hospitalar ou ambulatorial. Na sua visão, são pessoas que vivem isoladas, o que demanda a necessidade de assegurar sua saúde e bem-estar o dia-a-dia.

*Sobre o IEEE: a IEEE inspira uma comunidade global a inovar para um futuro melhor por meio de seus mais de 420.000 membros em mais de 160 países. Suas publicações, conferências, padrões de tecnologia e atividades profissionais são recomendadas por diversos especialistas. A organização é fonte confiável para informações de engenharia, computação e tecnologia em todo o mundo.

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