Indústria 4.0 tem potencial para movimentar US$ 15 trilhões em 15 anos
Somente 1,6% das indústrias brasileiras de grande porte já adotaram o que há de mais inovador, a chamada indústria 4.0.
Em um mundo onde a tecnologia se inova a cada dia, grande parte das empresas do Brasil não acompanham essa evolução e ainda utilizam as formas mais simples de produção. Somente 1,6% das indústrias de grande porte já adotaram o que há de mais inovador, a chamada indústria 4.0., conceito tido como a grande oportunidade para a indústria brasileira ser mais produtiva, por meio de tecnologias digitais, e capaz de movimentar US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, segundo estimativas da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industria).
Diante desse potencial, o SENAI São Paulo (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) desenvolve ação que dá suporte para as empresas aderirem à Indústria 4.0 e se tornarem mais ágeis. Na Grande São Paulo, a Mazurky, instalada em São Bernardo do Campo, firmou parceria com o SENAI São Paulo, tornando-se pioneira no setor de indústrias de embalagens de papelão ondulado a aderir à nova tendência. “Em um mercado cada vez mais competitivo, é preciso se inovar e buscar ferramentas que otimizem o processo de produção, tornando-o mais econômico, ágil e autônomo. Integrar à nossa empresa o conceito de Indústria 4.0 nos trará diferencial, com todos esses ganhos”, fala o diretor da Mazurky, Eduardo Mazurkyewistz.
A implantação da tecnologia pode aumentar a produtividade de uma empresa em até 40%, já a partir da fase de Fábrica Conectada, o que garante maior valor agregado. Destacam-se ainda as questões saúde e segurança do trabalhador, além de propiciar uma organização ambientalmente adequada, socialmente sustentável e economicamente viável.
O projeto
O SENAI São Paulo, instituição referência em formação profissional, possui um braço de negócio denominado Instituto SENAI de Tecnologia (IST), que desenvolveu metodologia exclusiva e inovadora para a aplicação das tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, adequadas para cada modelo de negócio e de acordo com a estratégica da empresa.
Essa metodologia tem um Road Map (mapa de planejamento) estruturado, dividido em duas fases e composta por cinto etapas: Fábrica Mapeada, Fábrica Controlada, Fábrica Otimizada, Fábrica Conectada e Fábrica Inteligente (4.0), podendo ser implantado gradativamente em um período de até 3,5 anos. Na Mazurky, atualmente as duas primeiras ações estão sendo executadas. “Nessa fase, o objetivo é executar o levantamento detalhado do estado atual da empresa, com perspectiva em um estado futuro para a aplicação das tecnologias habilitadoras, tais como previsibilidade do nível de automação, inteligência, investimentos, ganhos e melhor aproveitamento do capital humano”, explica Ricardo Castilho, especialista do Instituto SENAI de Tecnologia.
Indústria 4.0 em números
A adoção de tecnologias conectando as várias etapas produtivas por empresas brasileiras possibilitaria corte de custos de, ao menos, R$ 73 bilhões por ano – sendo R$ 35 bilhões de ganho de eficiência, R$ 31 bilhões de redução de gastos de manutenção de máquinas e R$ 7 bilhões de economia no consumo de energia.
No entanto, a primeira edição do Índice de Produtividade Tecnológica – estudo da Totvs divulgado nesta semana – revelou que as indústrias consultadas tiveram uma média de 0,52 pontos (em uma escala de 0 a 1), demonstrando que o desafio está na utilização correta das ferramentas já implementadas. “Essa parceria com o SENAI SP é fundamental para que possamos extrair o total êxito da implantação da Indústria 4.0”, salienta o diretor da Mazurky.
Sobre a Mazurky: há mais de uma década no mercado, a Mazurky é uma empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de caixas de papelão e acessórios de papelão ondulado. Localizada em São Bernardo do Campo, região do ABC Paulista, a organização investe em tecnologia de ponta, com equipamentos de última geração e alta capacidade para a produção de embalagens em todos os tamanhos e formatos, podendo ser produzidas desde o Kraft pesado ao papelão reciclado.