Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto aposta em certificação digital
São 15 mil documentos assinados diariamente por meio de certificação digital
No dia 14 de julho foi comemorado em todo o mundo o Dia do Hospital. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, há 6.805 hospitais, 312 mil serviços de saúde e 492 mil leitos. Desse total de hospitais, 21% são municipais, 8% estaduais, 1% federais e 70% particulares. A despeito desses números, a área de saúde sempre aparece como um dos principais problemas para os brasileiros.
Uma alternativa no sentido de melhorar o atendimento e reduzir essa percepção, de acordo com Murilo Couto, gerente sênior de Certificação Digital da Serasa Experian, é a adoção dos prontuários eletrônicos do paciente (PEP), a partir da certificação digital. “Hoje, muitos hospitais já adotam o PEP e com isso ampliam a qualidade dos atendimentos e procedimentos, ampliam os controles e a confiabilidade no sistema e reduzem os custos de forma significativa”, explica.
Nessa esteira, Wilson Moraes Góes, coordenador de TI do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, de Ribeirão Preto, aponta que o hospital apostou na tecnologia e colheu diversos benefícios. Formado por cinco unidades, 1106 leitos, 339 consultórios, 50 salas cirúrgicas, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto realiza 717 mil consultas e procedimentos e 35 mil internações por ano, além de ter 507 projetos de pesquisas em andamento. Segundo Góes, são 6,1 mil funcionários e 1,8 mil alunos.
A partir da emissão de 5,3 mil certificados digitais, todos os sistemas foram integrados e os benefícios hoje são enormes. Além de apresentar numericamente a importância que os prontuários tiveram naquele complexo hospitalar, Goes enumerou os benefícios produzidos pela implantação do prontuário eletrônico do paciente (PEP). Para se ter uma ideia, são 15 mil documentos assinados diariamente por meio de certificação digital.
Segundo ele, houve o fim da logística diária de distribuição de 3,5 mil prontuários entre as unidades; fim do extravio de prontuários; prontuários legíveis que aumentaram a segurança do paciente e das equipes de saúde; fim das assinaturas ilegíveis ou ausentes; fim dos estoques de formulários em papel, o que produziu enorme economia.
Também foi ampliada a rastreabilidade (quem, quando e o que foi visualizado no PEP); passou a haver a possibilidade de bloqueio de prontuário; também se pode agora dar acesso temporário ao PEP para pesquisadores externos. Ele lembrou ainda que pelo fato de ser virtual pode estar em mais de um hospital ao mesmo tempo. Góes também lembrou que as enfermarias estão trabalhando sem papel e as estatísticas (quantos pacientes por consultório, por médico, por especialidade, em qual horário a equipe começou o atendimento, existem sala ociosas) passaram a ser imediatas.