Google pagará US$ 3,8 mi por discriminação salarial
Engenheiras receberam abaixo da média e mulheres e asiáticos foram preteridos em processos seletivos. Investigação foi promovida pelo governo dos EUA
O Google vai ter que desembolsar US$ 3,8 milhões, incluindo US$ 2,6 milhões em pagamentos atrasados, para encerrar um processo na justiça americana em que é acusado de pagar mal funcionárias e preterir injustamente mulheres e asiáticos para vagas de emprego. O resultado foi divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA na segunda-feira (1º).
O dinheiro será destinado a 5.500 funcionários e candidatos a empregos injustiçados. O processo solicita ainda que o Google que mude práticas de contratação e remuneração.
Os demais US$ 1,25 milhão servirão para promover reajustes salariais para engenheiros nos próximos cinco anos. Fundos não utilizados deverão ser gastos em iniciativas que promovam diversidade e equidade salarial no ambiente de trabalho.
Leia mais: Funcionários do Google terão aliança sindical global
As alegações surgiram após um processo de auditoria de rotina, ao qual são submetidos todos os fornecedores que fornecem tecnologia para o governo dos EUA. O escritório responsável pelo escrutínio diz ter encontrado, entre 2014 e 2017, indícios de que o Google remunerou abaixo da média 2.783 engenheiras de software contratadas na Califórnia e em Seatle.
A taxa de contratação de mulheres e asiáticos para posições de engenharia de software também ficou bem abaixo da média, segundo o inquérito. Foram consideradas posições abertas durante o ano fiscal terminado em agosto de 2017, em diferentes localidades.
À Reuters, o Google disse estar satisfeito em resolver o assunto e se comprometeu a “investir pesado” em iniciativas de promoção e remuneração mais justas em seus ambientes de trabalho.
* com informações da agência Reuters