Escola de empreendedorismo Sempreende ensina habilidades do futuro

Fundadores deixaram sala de aula na Universidade Federal de Goiás para montar escola que já atendeu mais de 1 mil alunos

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6:22 pm - 16 de janeiro de 2019

Fundada por Luciana Padovez Cualheta e Altair Camargo em Goiânia (GO), a Sempreende é uma escola de formação para empreendedores que já formou mais de 1 mil alunos, em 80 turmas. A instituição ensina, por exemplo, conteúdos como Planejamento Estratégico, Storytelling, Liderança, Finanças Pessoais para Empreendedores e Marketing com Mídias Sociais para Negócios. Entre os diferenciais da escola, vale destacar a consistência pedagógica, o foco em atividades práticas e o acompanhamento da equipe.

Outra marca registrada da Sempreende é ouvir os desabafos dos atuais e futuros empreendedores para mostrar tudo que pode ser feito de errado para um negócio falir e virar mais um número. Luciana e Altair escutam as ideias dos alunos para seus negócios, identificam o que está errado e ajudam a evitar o fracasso. De acordo com o Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), por exemplo, 67% das pessoas jurídicas abertas entre 2006 e 2016 faliram antes dos 5 anos.

Vivência

“Enquanto muita gente ainda pensa que negócios se aprende só na prática ou em cursos formais, como graduação ou MBAs, desenvolvemos uma terceira via, com cursos rápidos, que qualquer um pode fazer, para abrir ou melhorar seus negócios. A nossa marca registrada é estar próximo dos alunos, atendendo suas necessidades específicas, ouvindo desabafos e estimulando o crescimento com a consciência de que o caminho não é fácil e precisa de muitos testes e aprendizado. Não há receita de bolo nem de sucesso certeiro nessa área”, explica Luciana, que, assim como Altair, era professora da UFG (Universidade Federal de Goiás).

Os dois, aliás, deixaram a carreira de professores universitários para abrir a escola de empreendedorismo alinhada às necessidades do século 21. Os brasileiros empreendedores abrem empresas por necessidades financeiras. Então, que tal identificar o talento de cada um, saber onde onde eles erram ou podem se equivocar e manter o negócio dos alunos abertos, mais eficientes e, claro, mais lucrativos?
Os cursos são dinâmicos, rápidos e práticos, com a agilidade que o mercado exige atualmente.

“O nosso foco é no ‘como fazer’, resolvendo os problemas dos alunos. O que se aprende nos cursos pode ser aplicado em várias situações. A experiência dos professores permite dar exemplos de diversas áreas e, como as turmas são diversificadas, cada aluno tem um background diferente. Nas aulas, há muito networking, compartilhamento de conhecimentos. O ambiente permite que um aluno ajude o outro e, assim, negócios e parcerias são feitos dentro da sala de aula”, destaca Altair.

Outra proposta da instituição é fomentar a criatividade nos alunos, com grades curriculares que contém design thinking. A fundadora Luciana Padovez, por exemplo, é uma das poucas profissionais do Brasil certificadas para aplicar o método “LEGO Serious Play”, utilizando as famosas peças do consagrado brinquedo para ensinar empreendedorismo. Com os blocos coloridos é possível fomentar a reflexão e encontrar soluções criativas para problemas de micros e pequenos empresários.
Identificando oportunidades

Alguns alunos da Sempreende se matriculam com uma ideia de negócio, mas após identificarem os erros de planejamento e execução e verificar os concorrentes de seus respectivos segmentos, abrem negócios que funcionam de forma paralela às aspirações no início dos cursos.

É o caso de um barbeiro que estudou com os métodos de Luciana e Altair. Ele iniciou seus estudos com a ideia de abrir uma barbearia gourmet, mercado já saturado. Após a imersão, notou que era mais vantajoso fabricar cosméticos exclusivos e virou fornecedor de comércios para as várias barbearias gourmet existentes, que até então seriam concorrentes.

A febre do açaí fez outro aluno querer empreender abrindo uma lanchonete para servir o alimento. Depois da Sempreende, o empresário percebeu que em vez de abrir seu comércio para disputar o mercado com outros empreendedores, poderia fabricar o produto e distribuir entre os estabelecimentos.

 

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