Tendências 2024: o que mais esperar do futuro da educação?

A ascensão de tecnologias digitais moldará o cenário da educação ao longo deste ano

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10:00 am - 06 de fevereiro de 2024
Imagem: William Daigneault/Unsplash

Estamos em 2024, há cerca de um ano de quando o mundo todo começou a falar de Inteligência Artificial (IA), assombrado com o sucesso de seu “filho” mais popular, o ChatGPT. De lá para cá, podemos pensar: e o que mais podemos esperar da tecnologia depois de acompanhar um ponto de inflexão para tantas indústrias? Com certeza, ainda vem muita coisa pela frente!

Desde que estamos juntos, em 2023, vimos que, diante dessas mudanças, a educação tem se tornado cada vez mais customizável em razão de seu potencial de ajudar aprendizes, educadores e empresas de educação a transformar jornadas de aprendizado. Se as ferramentas de IA Generativa marcaram o ano que passou, vale ligar o radar para tendências que prometem movimentar 2024 nesse setor.

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Introduzir novas abordagens e ferramentas no ambiente escolar, por exemplo, já se configura como uma realidade há alguns anos. No entanto, essa prática deverá ser amplificada, potencializando ainda mais o processo educacional em 2024. Por este motivo, ferramentas como Realidade Virtual (em inglês, VR) e Realidade Aumentada (AR) têm quebrado barreiras e proporcionado experiências de aprendizado envolventes para os alunos. Segundo dados da Precedence Research, até 2030 esse mercado deve movimentar mais de US$ 1,3 trilhão.

Uma nova forma de educação chamada de microlearning também entra nessa lista. Semelhante ao e-learning, ela consiste na divisão dos conteúdos em pequenas unidades, de maneira mais concentrada e direta. São aulas ou atividades ministradas em um tempo curto, com uma linguagem simples e que contam com o apoio de recursos multimídia e computacionais.

Outra novidade é a blockchain conectada ao universo acadêmico, que entra em cena para garantir a autenticidade de certificados e diplomas. Diversas EdTechs adotam essa tecnologia a fim de criar registros imutáveis e transparentes, fornecendo confiança e validação instantânea das conquistas acadêmicas. O recurso é bem-vindo, uma vez que estamos abraçando a educação híbrida de forma integral e com total flexibilidade para que os alunos escolham entre aulas presenciais, virtuais ou uma combinação dos dois.

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A IA, sem dúvida, também continuará tendo o seu destaque para a personalização do aprendizado por meio do uso de ferramentas de pesquisa pelos alunos e auxílio na elaboração e correção de materiais e tarefas. Segundo especialistas, agora ela tende a ficar ainda mais acessível., todavia, é importante lembrar que o processo de adoção de novas tecnologias como essa exige bastante atenção e cuidado. A desigualdade no acesso à internet é uma realidade e deve ser levada em consideração: dados da UNESCO apontam que, em todo o mundo, apenas 40% das escolas primárias estão conectadas à internet. No Brasil, segundo um recorte da Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), 6,4 milhões dos domicílios particulares permanentes do país não possuem acesso à internet.

Sendo assim, ao passo em que estamos mais que abertos às possibilidades da inovação tecnológica, devemos nos conscientizar e nos comprometer a enfrentar os desafios da inclusão digital a fim de garantir que o progresso na educação seja acessível a todos, independentemente das barreiras que possam surgir. Nos preparemos, então, para uma era em que a educação seja verdadeiramente global, inclusiva e transformadora. Avante para um 2024 de aprendizado contínuo!

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