A liderança de pensamento é uma construção estratégica – e conjunta

De que adianta ter ótimas ideias se elas ficam escondidas ou não chegam aos destinos mais importantes, aqueles em que elas farão a diferença? Ser um líder de pensamento, aquele que inspira outros líderes, setores de negócio como um todo e mesmo a sociedade em geral, envolve muita estratégia. E muita tecnologia.

Aquela máxima de que não basta ser bom, é preciso ser reconhecido como tal tem sido, mais do que nunca, verdadeira. Basta darmos uma boa espiada ao redor e constatarmos o frêmito de vozes que lutam para se fazer ouvir em meio ao oceano de manifestações em âmbito omnichannel, sequiosas por um lugar ao sol no ecossistema das influências. Tornar-se, então, um farol de orientação para os demais nesse mar de possibilidades é um desafio e tanto.

Ser essa luz que aponta direções é justamente o papel do Thought Leader, ou Líder de Pensamento. O próprio conceito surgiu da necessidade de estabelecer patamares de referência que ajudem a diferenciar o que é mero ruído e reverberação da comunicação que agrega e conduz a novos contextos de evolução, criatividade e conquistas.

Além de entregar conteúdo relevante, os Thought Leaders criam valor para as marcas que representam. Tornam-se fontes de ideias não somente para as áreas de negócio em que se especializam, mas também para todos os assuntos que estão em pauta no mundo. São símbolos de carreiras bem-sucedidas. Dados da Semrush apontam que 47,6% dos conteúdos de lideranças de pensamento geram leads e vendas reais para as empresas. Imagine, então, o quanto esse perfil de profissional tem sido buscado pelas empresas para ocupar posições de comando.

Comecei o artigo falando da importância da estratégia e da tecnologia para atingir o status de tought leader. Pois bem. São três os grandes pilares de sustentação da Liderança de Pensamento, segundo a Orbit Media. O primeiro deles, claro, é o de insights de especialista: trata-se da elaboração das ideias fora da caixa, e muitas delas despontam através de pesquisas sobre os temas que o líder domina e até mesmo livros que ele escreve a respeito de sua área de expertise.

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Para amplificar o alcance desses insights, é necessário, então, erguer – e manter bem sólido – o segundo pilar que embasa a Thought Leadership: o da presença de mídia. Um dos caminhos fundamentais para que o líder de pensamento seja citado por outros líderes como fonte de conhecimento é o de sua influência nas redes sociais, especialmente o LinkedIn.

Esse espaço é crucial para que o Thought Leader construa sua autoridade e estabeleça vínculos. Fazer desse ambiente virtual um multiplicador de poder e abrangência não é algo que se dá por acaso ou por intuição. Os movimentos nas plataformas sociais precisam ser estudados e mensurados para a obtenção dos melhores resultados em termos de visibilidade e fortalecimento de reputação.

Além da alta qualidade de conteúdo, processos fluidos e seguros e o uso inteligente de dados, bem como sua confidencialidade em determinadas circunstâncias, compõem o pacote de variáveis que culminam na sedimentação contínua da liderança de pensamento.

Existem várias técnicas para atingir esse objetivo – e elas estão intimamente ligadas aos avanços tecnológicos que configuram a própria lógica de funcionamento das plataformas. Entre outros fatores, é preciso combinar definições precisas de objetivo e de público-alvo com a publicação regular de tópicos que efetivamente gerem valor para a audiência. O processo tem de ser mensurado e continuamente reavaliado a partir de mecanismos de retroalimentação só viabilizados pelo uso de ferramentas de ponta.

Completando o tripé de sustentação do tought leader, temos o vértice da transparência. O respaldo das opiniões expressas nas redes sociais está nas ações desse líder e nos próprios dados que espelham as realidades que propaga. Existe todo um colchão de coerência em sua atuação. E também a disposição de compartilhar sabedoria com os outros, sem qualquer medo de que esse compartilhamento ameace sua posição de liderança. Essas posturas dão lastro à confiança que o líder de pensamento desperta.

Toda essa combinação de características parece exigir uma espécie de alinhamento de planetas para a constituição de uma liderança de pensamento. Não é por aí. Não existe fórmula mágica. O perfil efetivo do tought leader é resultado de muito trabalho embasado pelo uso inteligente e controlado da tecnologia. E é bom reforçar: não cabe a ele desbravar esse universo sozinho. A construção é conjunta, e também é mérito do líder cercar-se das companhias mais qualificadas para cumprir essa missão.

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