Caixa bate recorde de transações diárias com mainframe IBM
Empresa adota o Z14 e supera marca das 2,8 bilhões de operações em um único dia
A Caixa Econômica Federal apostou no mainframe Z14, da IBM, ferramenta que opera transações criptografadas. Com o novo equipamento, banco não só reformulou sua infraestrutura e bateu recordes de transações processadas, como também permitiu que ele se mantenha preparado para as novas leis de proteção de dados, incluindo a legislação europeia.
No início de setembro, a nova infraestrutura conseguiu bater a marca histórica de transações processadas em um único dia pela instituição financeira: 2,8 bilhões operações realizadas dentro dos diversos sistemas e canais de atendimento da Caixa. Outro recorde apontado pela instituição foram as quase 23 milhões transações registradas apenas no Internet Banking da Caixa – somando acessos mobile e desktop.
Os mainframes IBM Z14 foram instalados nos dois data centers da Caixa em Brasília, durante os meses de agosto e setembro e devem ampliar a capacidade dos polos de operação do banco em São Paulo, no Rio de Janeiro e na própria capital brasileira.
Sergio Martins, gerente nacional de serviços de TI da CAIXA, lembra que os serviços bancários estavam apenas nas agências. Depois, em canais alternativos, como máquinas de autoatendimento e lotéricas. “Agora, eles ganharam mais velocidade e praticidade dentro do ambiente móvel, gerando números cada vez maiores de acesso aos servidores da Caixa”, afirmou.
O Z14
O Z14 foi lançado em julho do ano passado. Segundo a IBM, o mainframe capaz de operar mais de 12 bilhões de transações criptografadas por dia – o equivalente a 2 milhões de containers Docker, por exemplo.
Segundo Aníbal Strianese, diretor de sistemas de hardware da companhia para América Latina, que conversou com o IT Forum 365 no lançamento, a solução tem capacidade 35% maior em relação à geração anterior e o grande diferencial é a funcionalidade de criptografia, que garante um ambiente seguro, sobretudo para o setor financeiro. O executivo aponta que cerca de 90% dos dados financeiros do mundo inteiro correm em mainframes, sejam para compras no e-commerce, transferências etc – fato que impulsiona o investimento da companhia em mainframe.
Pronto para o GDPR
A IBM ressalta que muitas das novas capacidades do IBM z14 foram desenvolvidas para defender companhias contra violações de dados gerada pelo cibercrime. Segundo a empresa, dos mais de 9 bilhões de registros de dados perdidos ou roubados desde 2013 em todo o mundo, apenas 4% foram criptografados, tornando a grande maioria dessas informações vulneráveis aos invasores.
Ao utilizar um sistema capaz de criptografar 100% dos dados, a Caixa terá a opção de oferecer uma segurança aprimorada aos seus mais de 80 milhões de clientes – dentro e fora do Brasil. A ferramenta pode ser essencial para garantir que o banco esteja devidamente adequado às regras da lei europeia de proteção de dados,a GDPR (General Data Protection Regulation).