Brasil cai 2 pontos em ranking de inovação e precisa acelerar estratégias
Índice Global de Inovação (IGI) revela que o país agora é o 66º entre os mais inovadores do mundo; na América Latina e Caribe, somos o 5º.
Foi divulgado nesta quarta-feira (24), em Nova Deli, na Índia, o Índice Global de Inovação (IGI). O ranking é publicado anualmente pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
Em 2018, o Brasil ocupava o 64ª lugar, mas no ranking atualizado cai dois pontos, indo para o 66º entre os mais inovadores. Os quatro países considerados mais inovadores, na ordem, são Suíça, Suécia, Estados Unidos e Países Baixos. A China por sua vez, ocupa o 14º lugar.
Na avaliação dos insumos para inovação, que reúne as ferramentas disponíveis no país para o desenvolvimento da nação, o Brasil caiu do 58º para 60º lugar. Já no subranking de resultados da inovação, saímos do 70º para o 67º lugar.
Glauco Corte, presidente da CNI, diz que “o ranking demonstra que o Brasil tem um grande e importante trabalho pela frente para se tornar um país mais inovador“, e que para isto “é preciso agir e agir rápido“.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) são parceiros do IGI.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o IGI revela “onde se encontram os maiores desafios à inovação no Brasil“. A perspectiva, completa, é de “ajudar o Brasil a reencontrar o crescimento“, tal qual “passará necessariamente pelas micro e pequenas empresas, que representam 98,5% da atividade formal do país“.
O papel do Brasil na América Latina
O Brasil é o 5º país mais inovador entre as 19 economias da América Latina e Caribe. O relatório do IGI informa que “o progresso do desempenho em inovação ainda é lento” nestas regiões. É citado também que “o potencial de inovação da região segue, em larga medida, inexplorado“, sem descartar melhorias incrementais e iniciativas encorajadoras.
Dentre os países vizinhos, o ranking global lista o Brasil atrás do Chile (51º), Costa Rica (55º) e México (56º)
O IGI cita como destaque para os brasileiros, onde o país aparece entre os 50 primeiros no mundo:
- Pesquisa e desenvolvimento (P&D);
- Tecnologias de informação e comunicação (TIC);
- Comércio, escala de mercado e computação;
- Trabalhadores especializados;
- Absorção de conhecimento e criação de conhecimento.
No índice, o Brasil também ganha destaque pela presença de empresas globais, visto que “é o único da região a abrigar um cluster de ciência e tecnologia de peso internacional.”
Um outro movimento destacado pela publicação fala sobre a China. As economias asiáticas têm sido destaque no desenvolvimento de P&D global e no depósito de patentes no Sistema Internacional de Patentes da OMPI. A China ainda conta com 18 dos 100 mais importantes clusters de ciência e tecnologia. O primeiro deste ranking são os EUA.
Os 20 melhores
A publicação dos 20 primeiros colocados na classificação global do Índice Global de Inovação são, na ordem:
- Suíça (Nº 1 em 2018)
- Suécia (3)
- Estados Unidos (6)
- Países Baixos
- Reino Unido (4)
- Finlândia (7)
- Dinamarca (8)
- Singapura (5)
- Alemanha (9)
- Israel (11)
- Coreia do Sul (12)
- Irlanda (10)
- Hong Kong (14)
- China (17)
- Japão (13)
- França (16)
- Canadá (18)
- Luxemburgo (15)
- Noruega (19)
- Islândia (23)
Esta é a 12ª edição do Índice Global de Inovação, que classifica 129 economias com base em 80 indicadores. Eles vão desde as taxas de depósitos de propriedade intelectual até a criação de aplicativos para aparelhos portáteis. São considerados, também, gastos com educação e publicações científicas e técnicas.