Apesar da desaceleração, Brasil permanece grande no varejo on-line

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10:25 am - 30 de março de 2016
A América Latina como um todo enfrenta um cenário desafiador de retração econômica, inflação alta e problemas com regulação e infraestrutura. Com isso,  a previsão da Forrester para os próximos anos, até 2020, é de que o mercado de varejo on-line tende a desacelerar.
Algumas conclusões do estudo realizado pela consultoria apontam que o Brasil continuará a ser o maior player no cenário latino-americano, mas seu crescimento será lento no varejo on-line. 
Esse segmento no País representa o dobro de mercados argentino e mexicano combinados. “Mas a crise econômica em curso no Brasil está prejudicando o seu mercado de varejo on-line e causando uma desaceleração”, afirma Satish Meena, analista da Forrester. A expectativa é de que o e-commerce brasileiro cresça a uma taxa composta anual (CAGR) de 10,5% no período entre 2015 e 2020 – em comparação com o CAGR de 28,3% de 2010 a 2015.
“Os clientes estão gastando menos tanto offline quanto on-line, e isso afeta a taxa de crescimento global e penetração do varejo on-line, particularmente nas áreas não- metropolitanas”, analisa Meena, completando que a falta de regulamentação e um regime fiscal desfavorável tornam difícil para varejistas on-line expandir para além das áreas metropolitanas.
O México também apresentou importância no cenário, sendo uma das economias de mais rápido crescimento na América Latina em 2015. A expectativa é de que o país continue nesse mesmo caminho de recuperação em 2016. 
“De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o PIB do México crescerá 2,6% em 2016, alimentado pela procura interna privada saudável e transbordamentos de uma forte economia dos EUA. Isso está levando a investimentos por varejistas online como a Amazon, que lançou a operação completa de varejo no México em junho de 2015”, comenta Meena. Para os próximos anos, a previsão é de que o país seja foco de investimentos no varejo on-line na América Latina.
Outro ponto destacado por Meena que justifica a desaceleração na região é a diminuição na venda de tablets e smartphones, dispositivos que são grandes impulsionadores de compras on-line.

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