Petrobras detalha experiência de Centro de Excelência especializado em Digital Twins

Novos projetos de gêmeos digitais incluem aprendizado em loop com usuários e sistema de recomendação

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3:51 pm - 08 de novembro de 2022
Robinson Garcia, gerente de projetos de P&D e especialista em tecnologia (CENPES) Petrobrás e Everton Luiz Schaefer, gerente de tecnologias para planejamento de Refino Petrobrás

As empresas exploradoras de petróleo têm a obrigação de investir parte de sua receita em pesquisa e desenvolvimento (P&D). É o caso da Petrobras que, segundo Everton Luiz Schaefer, gerente de tecnologias para planejamento de refino da estatal, investiu R$ 2 bilhões em 2021 e deverá investir R$ 3 bilhões este ano.

A estrutura que permite a inovação na estatal passa por diversos Centros de Excelência (CoE) – equipes especializadas que promovem a colaboração e usam as melhores práticas para desenvolver capacidades críticas alinhadas com as prioridades da organização. Os Centros têm membros em tempo integral ou parcial, com especializações que variam de acordo com a natureza das atividades que o CoE entrega.

“Um dos mais novos CoEs da Petrobras é o Centro de Excelência Digital Twin. Com seis meses de existência, o núcleo auxilia no avanço do domínio do conhecimento de ferramentas e metodologias para gêmeos digitais; no desenvolvimento e compartilhamento de melhores práticas de digital twins com toda a empresa; no desenvolvimento de parcerias com entidades externas; entre outros”, explicou Everton.

Mas as iniciativas com gêmeos digitais não começaram no último semestre. Robinson Garcia, gerente de projetos de P&D e especialista em tecnologia (CENPES) Petrobras, revelou algumas das iniciativas da corporação no primeiro dia do Rio Innovation Week.

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Um deles é o Street View, para capturar imagens e mapear as plataformas da Petrobras. Iniciado em 2020, o projeto foi concluído em 2022 com a implantação acelerada na pandemia – com a captura de cinco a oito mil fotos em 15 dias. “Nós não só fizemos os primeiros mapeamentos como refizemos os mapeamentos das plataformas que já tinham sido feitas. A expectativa foi de economizar 18 mil homens/hora”, comentou Robinson.

Além disso, o Busca360 foi criado com foco na democratização dos dados. Ele integra os bancos de dados para que o usuário faça consultas e use, inclusive, Power BI. Antes, os colaboradores precisavam ligar para o TI para ter uma análise.

“A padronização do conhecimento facilita a exploração e acesso a informações escondidas em códigos e dicionários próprios dos processos Petrobras através da criação de camadas de abstração”, frisa o gerente de projetos.

Já os novos módulos do projeto de Digital Twin inclui o “Human in the Loop Learning”: um conceito de aprendizado em loop com os usuários com foco na acurácia de detecção de objetivos. Ao navegar no Street View, o sistema envia uma pergunta à pessoa como, por exemplo, “esse é um piso com corrosão severa?”. A expectativa é ter, até o fim do próximo ano, os resultados da implantação.

“Também temos o Predict360, um sistema de recomendação. Ao navegar no Street View, o sistema tenta identificar o que o usuário quer ver de informação além do que já está vendo. Como, por exemplo, perguntar: te interessa conhecer problemas de piso similares a essa ou outra plataforma?”, explica Robinson.

Por fim, o projeto Cronos usa os dados do sistema e faz uma otimização multiobjetivo para ajudar na demanda de dias e área pintada por equipe; geração de planos otimizados; estágio da corrosão por tipo; entre outros.

“Nossa visão de futuro é: queremos transformar esse conjunto de ferramentas em uma plataforma para inovação aberta. A gente quer criar um ambiente onde laboratório e startups possam se inserir no contexto da Petrobras e ajudem a trazer soluções rápidas”, finaliza Robinson, dizendo que já há o plano de, em 2023, criar um repositório dentro da conta corporativa.

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