6 etapas para adaptar infraestrutura e operações a uma era híbrida
Gartner alerta que empresas devem se preparar para modernizar os ambientes em nuvem
A sabedoria popular nos diz que é sempre bom ter opções. No caso dos profissionais de Infraestrutura e Operações (I&O), esse ensinamento significa decidir o que a proposta “híbrida” representa para o ambiente de suas empresas e de que maneira é preciso ajustar suas mentalidades diante das mudanças do mundo de TI.
“A I&O está no período mais perturbador de todos os tempos”, afirma Gregory Murray, Diretor de Pesquisa do Gartner, empresa mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas. “A agilidade e a capacidade de resposta estão superando o custo como justificativa para a adoção de serviços em nuvem, automação e modernização dos data centers. O futuro dos profissionais de I&O é serem transformado em intermediários de recursos e serviços entre provedores e ambientes”.
Para essa realidade, o Gartner identifica seis etapas essenciais para transformar e adaptar a infraestrutura e as operações para uma era híbrida:
Etapa 1: adotar serviços em nuvem
As equipes de I&O devem adotar a Computação em Nuvem para alcançar a modernização exigida por um mundo híbrido. “A adoção bem-sucedida de serviços baseados em Nuvem pública exige que as organizações desenvolvam estratégias e estruturas adequadas para a implementação dessas soluções”, afirma Murray.
“As organizações terão mais sucesso se implementarem um processo que inclua toda a cadeia de avaliação das aplicações, seleção de fornecedores, identificação e mitigação de riscos, compreensão de custos e criação de uma estratégia de gerenciamento”, explica.
Etapa 2: modernizar a infraestrutura
O Gartner avalia que as empresas devem começar seus processos de modernização com a criação de uma base de infraestrutura de TI capaz de atender todos os ambientes e fornecedores. A chave é permitir a automação em todos os níveis da rede, com provisionamento e automação de infraestrutura, orquestração de máquina virtual e Contêiner e a implantação de ambientes de desenvolvimento de aplicativos. “Uma vez que isso esteja no lugar, as empresas passam a ter uma plataforma orientada por API que poderá ser otimizada rapidamente”, explica Murray.
Etapa 3: otimizar cargas de trabalho
O mundo cada vez mais híbrido permite que as cargas de trabalho possam ser executadas em vários ambientes. Para otimizar o andamento desses fluxos, os líderes de I&O devem avaliar quais dados devem ficar armazenados em servidores internos e quais sistemas podem estar na Nuvem. “Para determinar quais aplicativos estão prontos para Cloud, as organizações terão que identificar os principais obstáculos de cada aplicação, analisando pontos como perda de marca, produtividade, conformidade e privacidade do cliente”, diz Murray.
Etapa 4: ativar a integração híbrida
Apesar de as empresas priorizarem cada vez mais as aplicações em Nuvem, com a estratégia de “Cloud-first”, o fato é que nem sempre as implementações caminham para os ambientes em Nuvem. Essa condição é a explicação para que quase todo empreendimento esteja, hoje, executando alguma forma de ambiente híbrido.
Por isso, as equipes de I&O devem começar esclarecendo o que significa “híbrido” para seu ambiente e como eles podem trabalhar para estabelecer a conexão entre as tecnologias, proteger os dados e criar operações modernas e uniformes. “Somente após o estabelecimento da integração entre os ambientes é que as equipes de I&O podem começar a criar e utilizar formas híbridas de nível superior para modernizarem ainda mais seus Data Centers”, diz Murray.
Etapa 5: automatizar e governar
A moderna I&O está usando a automação para fornecer agilidade disruptiva e garantir a aplicação de políticas em ambientes híbridos. A aplicação bem-sucedida da automação e da governança requer a definição de tais regras, avaliando a utilidade do DevOps e considerando os serviços intermediários, como os fornecedores.
O Gartner avalia que estabelecer uma governança efetiva, mas não restritiva, requer um equilíbrio entre as pessoas, os processos e as ferramentas. “Se a equipe de operações não conseguir acompanhar o ritmo das equipes de desenvolvimento ágil, é hora de avaliar o DevOps. Da mesma forma, equilibrar os serviços internos e externos por meio de um planejamento que defina os responsáveis por cada tarefa é fundamental para eliminar a necessidade de sombra de TI e melhorar a governança”, explica o Diretor.
Etapa 6: operar e proteger
As organizações modernas de TI precisam garantir que os sistemas estejam sempre acessíveis em todos os provedores e ambientes. À medida que as companhias modernizam suas operações, manter o funcionamento e evitar períodos de inatividade dos sistemas torna-se especialmente importante e crítico. Isso pode ser feito por meio da criação e do teste contínuo de um plano de recuperação de desastres.
Essa etapa também requer ferramentas de operações em evolução. Em um ambiente híbrido, a natureza das ferramentas de gerenciamento de operações de TI amadurecerá. Como resultado, as equipes de I&O devem avaliar e integrar continuamente as ferramentas que automatizam os fluxos de trabalho de ponta a ponta dentro de suas rotinas de operação.
“Uma vez que a automação e os controles estejam implementados, os líderes devem estabelecer o monitoramento abrangente de todos os aplicativos e de sua infraestrutura de suporte para permitir respostas proativas e automatizadas”, diz Murraay.