5 tendências tecnológicas para 2019
Saiba quais impactos tecnologias emergentes como AI e machine learning trarão ao mercado
Quando falamos de tendências de tecnologia de um novo ano, algumas ideias podem ficar um pouco abstratas devido ao alto nível de inovação alcançado nos últimos anos, com avanços como inteligência artificial, machine learning e automação. Essas novas aplicações irão mudar os modelos de negócios como os conhecemos, e é importante entender os impactos diretos que elas terão no mercado e na experiência dos consumidores, que já começam a apresentar sinais de mudança.
Desde novos tipos de hardware para data centers até o processamento de vídeo e voz ajudando a aumentar a produtividade, veja abaixo cinco principais tendências de tecnologia para 2019 e os impactos que eles podem trazer aos modelos de negócios e experiência para usuários e clientes.
1) A automação digital de processos vai acelerar
A adoção de tecnologias de automação de processos pelas empresas continuará com o mesmo vigor, já que essas tecnologias devem deixar as empresas mais ágeis, centradas em dados e rápidas no momento de tomar decisões globais. Mais importante, a automação de processos também ajudará empresas a irem além dos simples ganhos operacionais e de eficiência, alcançados com automação básica, e atingirem novas oportunidades de faturamento.
Por exemplo, um banco investindo em uma fintech pode usar a automação de processos digitais para melhorar a visibilidade em tempo real de dados dos clientes e transformar essa visualização aperfeiçoada em uma análise de riscos dos consumidores em tempo real.
Para esclarecer ainda mais, um banco pode oferecer aos clientes ferramentas digitais relacionadas a contabilidade, recebíveis, dívidas e todas as outras funções de back office. Já os consumidores podem dar ao banco permissão para usar dados específicos para ter boa visibilidade na velocidade dos negócios. Isso possibilita que o banco ofereça serviços financeiros mais rapidamente e com custo mais baixo para o consumidor, não apenas pela automação mas também pela melhor visibilidade de riscos.
2) Processamento de OCR/NLP/voz/vídeo/imagem contribuirá para ganhos de produtividade
O principal inimigo da automação de processos é qualquer formulário online que clientes, funcionários ou parceiros precisam preencher quando a empresa quer capturar os dados. Todos detestam telas com formulários.
As tecnologias de machine learning e IA estão maduras o suficiente para processar voz, vídeo, texto e imagens de maneira confiável. Usando essas tecnologias consolidadas, as atividades corriqueiras de fazer um telefonema, gravar um vídeo ou tirar uma foto podem ser usadas para preencher automaticamente formulários cheios de dados. Consequentemente, ambos os objetivos serão atingidos – coletar dados adequados e preencher menos formulários – e essas tecnologias continuarão a avançar dentro das organizações.
3) Preocupações com privacidade estarão no centro das atenções
Com o GDPR se tornando uma realidade, e diversos outros países seguindo leis de privacidade similares, o uso de dados será monitorado de perto. Os dados serão tagueados de forma que a origem se tornará conhecida ao longo do uso. Ferramentas relacionadas ao tagueamento de dados e gestão de Master Data se tornarão cruciais. Preocupações com privacidade e ramificações legais relacionadas poderão tornar mais lenta a tomada de decisões das empresas. Como resposta, a nova geração de ferramentas de mensagens e conferências de áudio/vídeo serão usadas para empresas atingirem os objetivos de compliance de privacidade e tomada de decisões rápidas.
4) Aumentará a diversidade da localidade de dados
Muitos países exigem que os dados estejam dentro de limites geográficos. Empresas usando SaaS ou PaaS vão acabar buscando nuvens públicas específicas do país ou até nuvens privadas. Como resultado, dados críticos e aplicações que precisam ser supervisionadas se espalharão geograficamente. Ferramentas e tecnologias de monitoramento que ajudam a consolidar a visibilidade dessas aplicações e dados serão mais adotadas nas empresas.
O aumento de dados por localidade também irá requerer uma identificação federada e gestão de acesso (IAM) com abordagem de segurança Zero Trust. Uma autenticação multifator, com sign-on único, e gestão da mobilidade corporativa também se tornarão comuns nas empresas.
5) Novos tipos de hardware no data center
O volume de trabalho do data center está crescendo, e a queda da lei de Moore, que afirma que o número de transistores em um circuito integrado dobra a cada dois anos, não está ajudando a CPU a manter o ritmo. Novos hardwares como GPU, FPGA e ASICs se tornarão comuns em data centers. Times de TI das empresas precisarão ter conhecimento sobre essas tecnologias e usar as aplicações e ferramentas certas para garantir que o dinheiro está sendo gasto de maneira inteligente em novos hardwares.
*Shailesh Kumar Davey é vice-presidente da ManageEngine