TI híbrida se torna modelo, mas gestão ainda é desafio

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10:29 am - 27 de março de 2017

Pesquisa realizada pela multinacional de serviços de TI e soluções de planejamento Dimension Data mostra que a TI híbrida está se tornando um padrão corporativo, mas não há uma regra única para atingir esse modelo.

A pesquisa, feita com 1,5 mil tomadores de decisão de TI de diversas indústrias verticais pelos Estados Unidos, Europa, Ásia-Pacífico e África do Sul, mostra os principais motivadores da mudança para a TI híbrida variam de acordo com o país. Empresas de Hong Kong, do Reino Unido e dos Estados Unidos destacaram as demandas dos usuários finais com mais frequência, enquanto respondentes da França, de Cingapura e da África do Sul notaram os custos como motivo mais frequente. As organizações da Malásia listaram desafios de contratações, e empresas da Alemanha mencionaram a capacidade limitada dos data centers como os fatores de motivação mais comuns.

O relatório aponta que a gestão do ambiente de TI híbrida está entre os três maiores desafios de implementação, segundo 41% dos respondentes.

Jason Goodall, CEO da Dimension Data, destaca que, com dados e processos mudando para vários ambientes dentro e fora da nuvem, é necessária uma nova abordagem de gestão. “Os gerentes de TI estão sob enorme pressão para encontrar novas maneiras de gerenciar e proteger diferentes ambientes de TI de forma eficaz. A automação é importante, porque ajuda a reduzir custos operacionais, assim como a complexidade crescente dos processos de negócios e das tarefas de gestão. Simplesmente não é mais adequado ou econômico manter essas tarefas de maneira manual”, disse.

A migração de dados foi um outro desafio comum de implementação citado na pesquisa – 44% dos entrevistados disseram que acharam desafiador determinar qual opção é a melhor para uma carga de trabalho específica e para migrar cargas de trabalho para novos locais.

Enquanto 38% das empresas entrevistadas afirmaram que usam automação para acelerar a migração de aplicações, 48% disseram que a migração em suas empresas é manual e que exige um trabalho intensivo, ou que elas usam recursos internos. Hoje, a migração de dados e aplicações continua complexa e cara para a maioria das organizações.

Brasil
Augusto Panachão, diretor de nuvem e soluções da Dimension Data, afirma que o Brasil ainda possui certa limitação para desenvolvimento de mão de obra que seja capaz de lidar com estas tecnologias e, por isso, a empresa procura ser um hub de conhecimento destas tecnologias desenvolvendo profissionais próprios e conectando-se a um ecossistema de parceiros, instituições de pesquisa e startups que nos complementem. “A maioria dos provedores de serviços gerenciados no Brasil é especializado em algum nicho tecnológico por questões de escala. Os clientes buscam provedores que conheçam de várias disciplinas de TI para facilitar a gestão dos contratos e a implementação de tecnologias mais inovadoras”, afirma.

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