Quatro em cinco brasileiros estão estressados com sobrecarga de informações
Má gestão da informação nas corporações também impacta no desempenho e bem-estar dos funcionários, alerta estudo
Brasileiros estão se sentindo mais sobrecarregados de informações, revelou uma pesquisa global encomendada pela OpenText e realizada pela 3Gem. O estudo indica que quatro em cada cinco (79%) entrevistados no Brasil sentem que a sobrecarga de informações está contribuindo para o estresse diário.
O número de fontes de informação – e-mail, feeds de notícias, mídias sociais, drive da empresa, drive compartilhado etc. – que é consultado a cada dia aumentou nos últimos dois anos, na análise de 88% dos brasileiros. Em média, um em cada quatro (23%) brasileiros diz ter que usar onze ou mais contas, recursos, ferramentas e aplicativos diariamente. Em 2020, esse número não era superior a 7%, segundo a pesquisa.
Esse excesso de informações também se reflete no ambiente de trabalho. Devido à natureza isolada em que as informações se encontram nas organizações, 37% dos funcionários do Brasil dizem que normalmente gastam, em média, uma ou mais horas por dia pesquisando nas redes da empresa ou sistemas compartilhados de informações, apenas para fazer seu trabalho.
O estudo alerta para a má gestão da informação que também leva a um efeito negativo sobre os funcionários. Mais de dois em cinco (42%) brasileiros sentem que isso tem impactado no seu bem-estar mental e nos níveis de estresse. Além disso, 38% indicam que essa realidade afeta negativamente seu desempenho no trabalho, 23% sentem impactada negativamente sua satisfação geral no trabalho e 34% dizem que têm impacto direto no equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
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“Para as empresas e seus funcionários, a proposta de tentar gerenciar o volume e a complexidade das informações – dados estruturados e não estruturados que são difundidos e crescem exponencialmente – pode ser assustadora. O que percebemos é que a informação por si só não é a resposta”, diz Roberto Regente Jr., vice-presidente da OpenText para América Latina e Caribe.
Para ele, a resposta vem quando você quebra os silos e centraliza as informações. “Quando você gerencia e reúne continuamente todas as suas informações, elas são transformadas. Padrões e tendências surgem, insights são coletados e melhores decisões são tomadas. Essa é a vantagem da informação”, afirma.
A pesquisa ainda aponta que a falta de ferramentas eficazes de gerenciamento de informações em muitas empresas começa a afetar as medidas que os funcionários sentem que precisam tomar. Independentemente de serem informados de que podem usá-los ou não, mais da metade dos funcionários do Brasil (56%), atualmente e como forma de tornar as coisas mais simples, usa para o trabalho sistemas de compartilhamento de arquivos pessoais (como OneDrive, Google Drive, WhatsApp ou Dropbox). Quase três quartos deles (73%) fazem isso porque acreditam que sua empresa não tem uma política contra isso, apesar dos riscos de segurança elevados associados.
“À medida que os dados de funcionários de escritório, fornecedores e clientes continuam a crescer em todas as organizações, assim como o número de sistemas e aplicativos que eles usam continua a aumentar, o mesmo acontece com os riscos”, destaca Regente Jr. “Neste momento, há uma necessidade urgente de as empresas automatizarem o gerenciamento e a governança de informações. Para que o conteúdo possa ser capturado e classificado, as políticas de retenção devem ser aplicadas automaticamente para que funcionários acessem facilmente, de forma precisa e atualizada, todos os dados sem ter que vasculhar várias aplicações.”