Xertica inicia operações no Brasil e mira em oportunidades do setor público
Distribuidora de produtos Google Cloud na América Latina, Xertica quer 50% de suas receitas vindo do Brasil em três anos
A Xertica, consultoria de transformação digital e distribuidora de produtos Google Cloud na América Latina, está iniciando suas operações no Brasil.
A companhia foi originalmente fundada no Reino Unido, em 2016, e iniciou seus negócios oficialmente no ano seguinte, após a fusão de três grandes empresas latino-americanas do setor: Eforcers (Colômbia), Info Analítica (México) e Cloudware (Peru e Equador).
No Brasil, a companhia anuncia sua chegada com planos ambiciosos. Sua projeção é que o mercado nacional responde por 50% de suas receitas dentro dos próximos três anos. Em 2023, a Xertica espera alcançar US$ 80 milhões em vendas na região.
Para alcançar esse resultado, a organização desembarca no Brasil com um plano bem definido. A estratégia estará voltada para a oferta de serviços para verticais do serviço público, especialmente para municipalidades e para órgãos da Justiça. A empresa também terá uma atenção extra em regiões como Nordeste, Centro-Oeste e Sul.
À frente da operação da companhia no país está Alfredo Deak. O executivo soma ampla experiência em tecnologia junto ao setor público, incluindo passagens pelo Google, como executivo de Negócios Estratégicos para Governo, e pela Microsoft, como especialista no desenvolvimento de práticas de Defesa Nacional e Segurança Pública no Brasil. Também atuou como diretor de Tecnologia da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
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“São mercados que ainda estão em desenvolvimento no aspecto de transformação digital e nuvem. Mercados em que ainda existe muito greenfield. Este é o foco: buscar áreas em que ainda existe muito espaço para desenvolvimento e onde a Xertica já tem presença e conhecimento de negócio em outros países”, explicou Alfredo Deak, country manager da companhia para o Brasil, em entrevista ao IT Forum.
O setor público representa hoje 40% dos negócios da organização na América Latina. Em toda a região, são mais de 1,2 mil municípios como clientes. A empresa também trabalhou com diversos projetos de transformação digital de órgãos da Justiça em países, incluindo uma iniciativa para a transcrição automática e indexação de audiências remotas e presenciais no Peru.
Segundo Deak, a estratégia é gerar cases dentro do Brasil nos setores em que a Xertica tem expertise para, em seguida, usá-los para ampliar sua presença no país. “A gente tem que usar isso como acelerador, por isso é importante ir na área onde temos mais domínio, onde nossos técnicos já têm experiência”, comentou.
A Xertica hoje tem um time de 260 colaboradores da área técnica, que cobrem sete das oito áreas de expertise do Google Cloud.. No Brasil, o time inicial será de 12 pessoas, além de três engenheiros do grupo regional para suportar projetos no país.
A partir destes primeiros cases que espera gerar no Brasil, a companhia deverá expandir sua atuação geográfica – colocando o Sudeste e Norte na rota – e atacar também outros segmentos da economia, como startups nativas digitais e pequenas e médias empresas (PMEs).
Para ganhar volume no país além do crescimento orgânico, a empresa também considera possíveis aquisições locais. “A Xertica é uma empresa que nasceu de M&A. Começamos um planejamento de estruturação de uma nova rodada de investimento que devemos colocar em curso no próximo ano”, explicou Deak. “Com o suporte dos investidores que nós temos, a Dalus Capital, a Endeavour e a Salesforce Ventures, estamos buscando como fazer uma nova rodada de investimento no Brasil.”
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