Julian Assange faz acordo com os EUA e deixa prisão
Fundador do WikiLeaks, Assange estava preso no Reino Unido desde 2019

Julian Assange está livre e deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh, no Reino Unido. O fundador do WikiLeaks foi liberado nesta segunda-feira (24) após um acordo com os Estados Unidos, em que aceitou se declarar culpado do crime de conspiração para disseminação ilegal de material de segurança nacional.
“Este é o resultado de uma campanha global que envolveu trabalho de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até as Nações Unidas”, diz uma mensagem do perfil oficial do WikiLeaks no X (ex-Twitter).
Assange estava detido desde 2019 no Reino Unido. Após ser libertado no aeroporto de Stansted, em Londres, ele embarcou para a Austrália. Na quarta-feira (26), deverá comparecer perante um tribunal federal nas Ilhas Marianas, território dos Estados Unidos, para ter sua confissão ouvida por um juiz. O episódio deverá por um fim à disputa legal de 14 anos entre Assange e o governo norte-americano.
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O fundador do WikiLeaks foi preso pela polícia britânica após passar sete anos na embaixada do Equador em Londres. O australiano se abrigou no local para evitar sua extradição à Suécia, por conta de uma investigação por supostos crimes sexuais – que acabou arquivada.
A disputa legal entre o Assange e os Estados Unidos começou em 2010, após a divulgação de segredos de Estado do país. Foram mais de 70 mil documentos confidenciais sobre operações no Afeganistão divulgados pelo site WikiLeaks, além de 400 mil relatórios sobre a invasão do Iraque e telegramas diplomáticos dos estadunidenses. Alguns dos documentos mostravam ataques de tropas dos Estados Unidos contra civis.
No começo deste ano, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, insinuou que os promotores dos EUA deveriam finalizar o caso. O presidente americano, Joe Biden, indicou que estava disposto a uma resolução rápida.
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