WhatsApp foi hackeado para espionar aliados dos EUA, diz Reuters

"Fontes familiarizadas com a investigação interna" confirmam que alvos foram autoridades governamentais e militares de pelo menos 20 países

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4:37 pm - 31 de outubro de 2019
Foto: Adobe Stock

Nesta quinta-feira, 31, a Reuters publicou que autoridades de alto escalão do governo de vários países aliados dos Estados Unidos foram alvo de um software hacker no WhatsApp no início do ano. Segundo a investigação, a ferramenta Pegasus foi criada e fornecida pelo NSO Group.

Citando “fontes familiarizadas com a investigação interna”, a agência diz que entre os cerca de 1.400 alvos estão autoridades “de alto nível” governamentais e militares por pelo menos 20 países nos cinco continentes.

Na terça-feira, 29, o WhatsApp, que pertence ao Facebook, entrou com uma ação contra o NSO Group e impediu que funcionários da empresa utilizassem ferramentas da companhia.

A alegação é de que o spyware tenha invadido os telefones através do recurso de ligação. Não era necessário, como reportado, sequer atender o telefonema para que o aparelho fosse infectado.

A agência informa que algumas das vítimas estão nos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Bahrein (Oriente Médio), México, Paquistão e Índia. A Reuters também lembra que mais de uma dúzia de jornalistas indianos e ativistas de direitos humanos afirmaram, nesta semana, que foram alvo do hack.

O NSO, anteriormente, afirmou que seus produtos são destinados a ajudar governos contra terroristas e criminosos. Por outro lado, o grupo independente CitizenLab disse que pelo menos 100 das vítimas são jornalistas e dissidentes, ou seja, não criminosos.

Fonte: Reuters.

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