WhatsApp foi hackeado para espionar aliados dos EUA, diz Reuters
"Fontes familiarizadas com a investigação interna" confirmam que alvos foram autoridades governamentais e militares de pelo menos 20 países
Nesta quinta-feira, 31, a Reuters publicou que autoridades de alto escalão do governo de vários países aliados dos Estados Unidos foram alvo de um software hacker no WhatsApp no início do ano. Segundo a investigação, a ferramenta Pegasus foi criada e fornecida pelo NSO Group.
Citando “fontes familiarizadas com a investigação interna”, a agência diz que entre os cerca de 1.400 alvos estão autoridades “de alto nível” governamentais e militares por pelo menos 20 países nos cinco continentes.
Na terça-feira, 29, o WhatsApp, que pertence ao Facebook, entrou com uma ação contra o NSO Group e impediu que funcionários da empresa utilizassem ferramentas da companhia.
A alegação é de que o spyware tenha invadido os telefones através do recurso de ligação. Não era necessário, como reportado, sequer atender o telefonema para que o aparelho fosse infectado.
A agência informa que algumas das vítimas estão nos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Bahrein (Oriente Médio), México, Paquistão e Índia. A Reuters também lembra que mais de uma dúzia de jornalistas indianos e ativistas de direitos humanos afirmaram, nesta semana, que foram alvo do hack.
O NSO, anteriormente, afirmou que seus produtos são destinados a ajudar governos contra terroristas e criminosos. Por outro lado, o grupo independente CitizenLab disse que pelo menos 100 das vítimas são jornalistas e dissidentes, ou seja, não criminosos.
Fonte: Reuters.