Você está preparado para ser um piloto de inteligência artificial?

Meu primeiro emprego foi como desenvolvedor de sistemas lá no longínquo ano de 1990. Na primeira vez que eu fui implantar um sistema eu me lembro de entrar numa empresa com todos os olhos me fuzilando mentalmente, o software que eu estava instalando tinha literalmente roubado o emprego de uma dúzia de pessoas.

Tecnologia roubando emprego de pessoas não é uma novidade para mim, são quase 30 anos vendo isso, então quando eu olho todo esse alarmismo eu não me sinto surpreendido, mas é fato que temos de nos mover e nos adaptar para essas mudanças.

Participei de um painel muito interessante aqui no SXSW que falava sobre como uma inteligência artificial (AI) pode ser criativa. Foram apresentados alguns exemplos como uma música composta AI e um novo Rembrandt. O caso do Rembrandt foi estudado em mais detalhes pois a AI que o criou imitou detalhes como movimento dos pincéis.

Acontece que por meio de Machine Learning é possível ensinar uma AI a fazer basicamente qualquer coisa desde que você tenha uma base suficiente de dados.

Decidir o que uma AI vai fazer e que tipo de dados ela vai usar varia muito de uma indústria para outra. Tenho visto pessoas mais executivas trabalhando com AIs para ajudar lhes em decisões de negócio. Pessoas mais criativas usando AI para lhes ajudar a descobrir mais insights mais direcionados sobre um determinado público. Pessoas mais comerciais criando AIs para ajudar consumidores finais a tomarem decisões, revelando assim novos tipos de negócios e aplicativos disruptivos.

Para onde as inteligências artificiais vão crescer depende muito do tipo de equipe envolvida, dos dados disponíveis e do tamanho do financiamento disponível para refinar um determinado modelo. Fundos de investimento vão desempenhar um papel crucial patrocinando essas iniciativas e de certa forma direcionando para onde o mercado vai crescer mais rapidamente.

Mas essa inteligência artificial não toma decisões sozinhas sem ter sido programada para isso ou sem receber um comando específico. De uma forma mais sofisticada estamos falando de novas ferramentas, que vão requerer pilotos mais eficientes.

Um conjunto menor de pessoas será capaz de fazer muito mais coisas com o auxílio de AIs específicas. Processos que antes estavam disponíveis apenas para grandes empresas poderão ser adotados por pequenas e médias empresas.

Conhecer um básico de lógica de programação será necessário não para estruturar códigos, mas para orientar uma IA de forma mais específica. Da mesma maneira que muitos de nós aprendemos a estruturas dados para usar os softwares de ERP.

Tecnologia vai continuar mudando a vida das pessoas, quando você achar que entendeu IA, ainda vai ter blockchain e Realidade Virtual para se adaptar. É difícil se preparar para o futuro, mas eu tenho certeza de que ele será digital.

*Edney “InterNey” Souza é diretor Acadêmico da Digital House

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