Videoconferência e home office: especialista explica a combinação da produtividade

30% das pessoas que atuam em home office afirmam realizar mais tarefas em menos tempo, mostra pesquisa

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1:47 pm - 11 de janeiro de 2018
home office home office

Anualmente, 6% da renda de cada profissional brasileiro é gasto com deslocamentos em função do trabalho. O índice é de um estudo da MindMetre Research e coloca o país entre os mais caros neste quesito, ficando à frente de outros 100 locais pesquisados.

Na média global, o índice deste custo fica em 5%/ano. Número que praticamente dobrou desde a 2012, quando era de 3%.

Já um levantamento da TomTom mostra que o Brasil tem duas das cidades com mais alto gasto de tempo em trânsito do mundo: Rio de Janeiro, que ocupa a 3ª posição do ranking, e Salvador, no 5º lugar. São Paulo, você pergunta? Fique sabendo que o paulistano perde, em média, nada menos do que 45 dias por ano no trânsito, conforme medição do Ibope.

De acordo com os dados do Instituto, o tempo médio gasto por dia só nos deslocamentos em função de trabalho bateu recorde em 2017, sendo o mais alto desde 2009: 2h01 por dia.

“Cansa e estressa só de ler. Mas a boa notícia é que tem solução. E a resposta está na tecnologia e na inovação de formatos de trabalho”, avalia o sales manager da Edge Data, Roberto Jacobauskas Jr. “Não por acaso, nos últimos 10 anos, o número de funcionários de empresas brasileiras trabalhando em um formato flexível, que mistura home office full time com modelos híbridos, subiu de 9% para 37%. Entre os empresários, 1 a cada 4 já emprega em home office ou pretende fazê-lo com até 75% de sua força de trabalho em dois anos”, comenta.

O empresário, que utiliza o formato home office híbrido (conjugado com escritório presencial) em sua própria companhia, traz mais números de um levantamento da SurePayroll que mostra que 86% dos trabalhadores ouvidos registrou aumento de produtividade, atingindo seu nível máximo, após aderir ao home office. Tal aumento é comprovado por 2/3 dos gestores entrevistados.

Além disso, 30% das pessoas que atuam em home office afirmam realizar mais tarefas em menos tempo.

E o stress? Para 82% dos colaboradores que atuam em home office, os níveis deste mal do século baixaram consideravelmente. A pesquisa mostra, ainda, que 7% dos trabalhadores remotos são mais felizes do que os que ficam o tempo todo no escritório.

“Em meio a tudo isso, nenhum contato é perdido, ao contrário: mais da metade dos funcionários remotos fazem contato com seus superiores, colegas ou clientes ao menos uma vez por dia, diz o estudo”, afirma Jacobauskas Jr. “Isto é possível graças a tecnologias que permitem a comunicação, integração e colaboração sem perda de qualidade e com ganhos diversos. Soluções da área de videoconferência profissional, por exemplo. Com tais ferramentas, é possível estabelecer um ganha-ganha-ganha entre empresas, colaboradores e clientes”, acrescenta.

O executivo lista algumas evidências de que a tecnologia auxilia na redução de custos e no ganho de produtividade, competitividade e qualidade de vida ao abolir deslocamentos desnecessários:

– Com a videoconferência profissional, empresas podem liberar equipes para home office full time ou parcial, melhorando os níveis de produtividade e qualidade de vida dos funcionários, sem perda alguma de eficiência. Se precisarem fazer reuniões, tanto entre si quanto com clientes, estas pessoas só precisarão se deslocar quando houver expressa necessidade. Para todos os demais casos, a videoconferência atender à a demanda com um ganho de eficácia de 55% às interações, índice garantido pela comunicação não verbal.

– Pesquisa da consultoria Right Management indica que trabalhadores motivados produzem até 50% mais do que aqueles que estão insatisfeitos com seus empregos, e estudos já citados comprovam que quanto menor o deslocamento para o trabalho, maior a alegria do trabalhador. A videoconferência profissional é uma aposta certeira neste sentido.

– Economia. Redução dos altos custos de transporte, tempo e real-estate (segundo maior custo operacional para quase 100% das empresas).

– O trabalho remoto em tempo integral ou parcial também traz às empresas redução de custos com seguro de vida e plano de saúde, já que melhora a qualidade de vida dos colaboradores, contribuindo diretamente para a manutenção de sua boa saúde.

– A conta também tem que incluir o meio-ambiente. Dados do Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários mostram que o setor de transportes, incluindo individuais e coletivos, é o que mais causa impactos na qualidade do ar, sendo só a modalidade dos rodoviários responsável por 90% das emissões de gases poluentes e de CO2 do país. Trabalho remoto diminuiu significativamente estas emissões.

“Usar a tecnologia e o home office neste sentido é eliminar o stress de horas e horas em engarrafamentos, o compromisso espartano de estar na firma todo dia a tal hora, sendo muito mais livre para determinar agendas a favor da produtividade e da qualidade de vida. É ser mais feliz e mais eficiente”, finaliza Jacobauskas Jr.

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