Vereadores aprovaram projeto que impede funcionamento do Uber em SP
Foi aprovada na noite da última terça-feira (30/6) por 49 votos a 1 a PL 349/14, que proíbe o funcionamento do Uber na capital paulista. O texto ainda precisa passar por mais uma votação no legislativo para, então, seguir para a sanção do Prefeito Fernando Haddad – o que oficializa o banimento do serviço das ruas.
Vale lembrar que, no mesmo dia, a empresa havia iniciado uma campanha pedindo apoio dos usuários que são a favor do serviço, para que enviassem mensagens aos vereadores solicitando a autorização para que o app continuasse funcionando.
O total de e-mails registrados pela companhia foi de 200 mil. “Isto é um sinal claro de que a população quer ter seu direito de escolha respeitado”, disse a empresa no blog.
Por enquanto a empresa indicou que continuará operando normalmente.“A Uber defende que os usuários têm o direito de escolher o modo que desejam se movimentar”, disse a empresa no blog. “Em um momento que se fala tanto em mobilidade na cidade de São Paulo, a inovação é crucial para que as cidades fiquem cada vez mais conectadas, transparentes e inteligentes. A Uber acredita que é possível criar novas oportunidades de negócio para milhares de motoristas parceiros e ao mesmo tempo oferecer novas opções de mobilidade urbana.”
Polêmica
O único vereador que apoiou o funcionamento da Uber foi José Police Neto (PSD), que foi vaiado pelos taxistas que protestavam nas ruas durante a votação na Câmara Municipal. De acordo com ele, a concorrência criada pela existência do serviço resultaria em menor preço e maior qualidade – a única coisa que deveria ser revista, na opinião dele, é a segurança.
Essa opinião é completamente contrária a do autor do projeto, Adilson Amadeu (PTB), que afirmou acreditar que a concorrência criada pelo serviço é desleal.
Além de Police Neto, dois integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), Alexandre Júlio e Fernando Holiday, os quais também defendem o uso do aplicativo, foram hostilizados pelos taxistas que protestavam nas ruas, que jogaram ovos neles.