De olho no potencial da digitalização do agronegócio brasileiro, a Yara International anunciou o início das operações de sua agtech Varda no Brasil. O país é o primeiro das Américas a receber a startup que tem sede na Suíça e escritórios na França e no Reino Unido. A executiva Deise Dallanora foi anunciada como líder da iniciativa para o Brasil e América Latina.
A startup tem como foco a coleta e compartilhamento de dados no campo por meio da solução Global Field ID. Segundo a companhia, a ferramenta visa levar maior transparência para toda a cadeia do agronegócio, o que permitirá impulsionar práticas de descarbonização do setor.
Por trás do Global Field ID está a ambição da Varda em mapear o território agrícola mundial e estabelecer uma identificação única para cada talhão. Na prática, a identificação atuaria como um CEP, permitindo a integração e o compartilhamento de informações entre diferentes plataformas digitais e atores da cadeia.
A interoperabilidade do setor é um grande desafio para a indústria. Isso porque os agricultores e empresas agrícolas utilizam diferentes modelos para identificar as áreas de cultivo com suas ferramentas digitais. Segundo a Yara, a Varda consegue mapear digitalmente todo o território agrícola via satélite e outras tecnologias de monitoramento, atribuindo assim IDs exclusivos aos lotes, criando um endereço único, que é enviado aos usuários por meio de uma API.
Leia também: Martech brasileira Standout anuncia operação no México
Na teoria, ao criar uma linguagem geoespacial comum para a indústria como um todo e com um identificador único, todos que integram a cadeia do setor e estão nessa plataforma poderão incluir ou consumir dados, integrando ferramentas de rastreabilidade existentes e futuras.
Ao mesmo tempo, a agtech defende que uma maior interoperabilidade entre plataformas permitirá melhor rastreabilidade do produto final, oferecendo assim maior transparência e a possibilidade de acompanhar o histórico de práticas agrícolas nas propriedades rurais, o monitoramento de atividades de desmatamento e, inclusive, a colaboração direta com o mercado de créditos de carbono.
“Temos hoje o desafio global de promover a redução de emissões de gases de efeito estufa, ao mesmo tempo em que precisamos produzir mais alimentos. Diante deste cenário desafiador, Varda chega para impulsionar soluções colaborativas, possibilitando a união dos elos da cadeia de produção”, afirma Deise Dallanora, líder da iniciativa para o Brasil e América Latina.
“Nosso objetivo é reunir empresas, agricultores e outras instituições públicas e privadas do setor que compartilhem da aspiração por um ecossistema alimentar sustentável e resiliente. Tudo isso contribuirá para trazer transparência aos processos de uma agricultura cada vez mais próspera, em todos os sentidos”, acrescenta.
Segundo comunicado da Yara, a empresa possui planos para inaugurar em outros territórios como Estados Unidos e outros mercados da Europa ainda em 2023.
Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!
Cerca de um ano após lançar operações nos Estados Unidos e no Canadá, a Object…
A WSO2, empresa americana de tecnologia conhecida pelo uso de código aberto, anunciou no começo…
No IT Forum Trancoso, Guilherme Pereira, diretor de Inovação & Conteúdo e diretor do MBA…
O Governo Biden anunciou, nesta segunda-feira (6), que o programa CHIPS for America destinará cerca…
Nem só de inteligência artificial vivem os executivos de TI das empresas. Sabendo disso, o…
As tecnologias exponenciais são aquelas que demonstram rápido desenvolvimento, apresentando um potencial de transformação imenso…