Trocar de empresa realmente fará você feliz?

Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half no Brasil, alerta que às vezes a grama do vizinho parece mais verde e indica 4 dicas para fazer trocas conscientes de emprego

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11:34 am - 05 de fevereiro de 2019

Enquanto aguardava ser atendido em uma consulta médica, Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half no Brasil, ouvi uma profissional comentando com outra pessoa sobre o arrependimento de ter trocado a antiga companhia pela atual. Ela dizia sofrer com o excesso de pressão, a falta de receptividade do novo grupo e o pouco respeito ao horário de expediente, que muitas vezes excedia o período combinado. Ao final, concluiu que, tudo isso junto, não compensava o salário que recebia no final do mês.

Todos nós estamos sujeitos a esse tipo de arrependimento. Afinal, como dizem por aí, de longe, muitas vezes a grama do quintal do vizinho parece ser mais verdinha se comparada à de onde estamos. Mas, para que você não caia na armadilha de trocar de emprego por impulso, motivado pela primeira insatisfação, Mantovani sugere quatro reflexões:

1. O que te traz felicidade?

Algumas pessoas são motivadas pelo ambiente, outras por propósitos e há as que valorizam boas parcerias, salários altos ou qualidade de vida. A lista de fatores é bastante extensa. Mas, vale parar para refletir o que te faz acordar feliz às segundas-feiras.

2. Já pensou em customizar seu emprego atual?

Caso esteja insatisfeito no atual local de trabalho e ainda não conseguiu identificar o motivo, procure alterar a rotina para identificar se a falta de motivação está relacionada à atividade que executa. Converse com o seu superior direto e se ofereça para assumir tarefas mais desafiadoras, participar de treinamentos ou de novos grupos de trabalho. Avalie como se sente após essas iniciativas.

3. Que tal tentar melhorar a relação com o grupo?

Pelo menos uma vez na vida já trabalhamos com gestores, pares ou subordinados com os quais não temos muita afinidade. Mas, como estamos sujeitos a encontrar esse tipo de profissional na atual empresa ou na próxima, o melhor a fazer é tentar reverter a situação a nosso favor. O primeiro passo é focar nas qualidades profissionais do outro, sem levar as questões para o lado pessoal.

4. A nova oportunidade é realmente boa?

Se sua opção é realmente mudar de empresa, não faça nenhum movimento no impulso. Avalie os requisitos da vaga, as atribuições do cargo, a idoneidade da companhia, o nível de satisfação de colaboradores e clientes, a estabilidade do mercado de atuação, a saúde financeira da organização e os benefícios e plano de carreira oferecidos, além da sua afinidade com a cultura da empresa. Caso a vaga em questão já tenha sido anunciada outras vezes, em um curto espaço de tempo, isso indica alta rotatividade e é um ponto que merece atenção especial.

“Ninguém é obrigado a permanecer em uma companhia na qual não se sinta bem. Minha orientação é que você faça movimentações com planejamento. Afinal, voltar para a antiga empresa nem sempre é uma tarefa fácil. Em alguns casos, nem é possível. Pense nisso”, finaliza Mantovani.

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