Trabalho híbrido: ferramentas são cruciais para aumentar tecnologia e produtividade

Luciana Pinheiro, gerente geral da Citrix, conversa no IT Forum Ibirapuera sobre como o mundo mudará com a conectividade

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6:00 pm - 16 de março de 2022
Vitor Cavalcanti, sócio-diretor da IT Mídia e Luciana Pinheiro, gerente geral da Citrix Vitor Cavalcanti, sócio-diretor da IT Mídia e Luciana Pinheiro, gerente geral da Citrix

O IT Forum Ibirapuera, aberto nessa quarta-feira (16), é a primeira etapa dos eventos da IT Mídia em 2022. Com o tema A Próxima Grande Onda – Conectividade amplificada, Vitor Cavalcanti, sócio-diretor da IT Mídia, e Luciana Pinheiro, gerente geral da Citrix, conversaram no palco sobre as oportunidades que a conectividade traz e o que é possível esperar do novo modelo de trabalho híbrido nos próximos anos.

Para Luciana, a segurança será, cada vez mais, um ponto crucial. E é o momento para que as companhias olhem para as ferramentas que proporcionarão segurança para os dados e também a melhor experiência para os colaboradores, não importa onde estejam.

Confira os melhores momentos da entrevista:

Vitor Cavalcanti: O mundo está extremamente complexo, as transformações vêm de todos os lados e isso traz grandes desafios para os líderes. Como lidar com esses desafios?

Luciana Pinheiro: A conectividade e o 5G trazem muitas oportunidades para o Brasil, pois nós temos muitos pontos de infraestrutura para desenvolver. Mas, por outro lado, há uma enorme preocupação com segurança. Em nossas conversas do dia a dia, tanto internamente quanto com os clientes, é sobre como todo o mundo está sendo atacado. Não é mais uma questão ‘se eu serei atacado, mas quando eu serei atacado’. E estar preparado para isso é fundamental.

Vitor Cavalcanti: O trabalho híbrido está se tornando uma realidade após pandemia e isso amplia demais a questão de ameaças. Como as empresas precisam trabalhar?

Luciana Pinheiro: Com a pandemia, nós vimos uma demanda maior por dispositivos móveis e um aumento crescente de portas de entrada que não tínhamos antes. Vimos muitas empresas migrando para cloud e SAS e que precisaram mudar a sua arquitetura sem se preocupar, em um primeiro momento, com segurança e tudo isso abriu brecha para ataques, golpes, fraudes. Nós acreditamos que o Zero Trust, entre outras tecnologias, é a solução mais segura para acessar aplicações virtualizadas e não virtualizadas.

Vitor Cavalcanti: Quando falamos de lidar com todo esse contexto, existe uma complexidade maior. Como enfrentar esse novo momento?

Luciana Pinheiro: Segundo o Gartner, até o ano que vem, a gente deve ter a maior parte das empresas migrando de VPN para Zero Trust porque o Zero Trust é uma ferramenta que permite a flexibilidade que temos hoje, sem engessar o negócio e piorar a performance. Outras tecnologias, como Inteligência Artificial também serão cruciais para analisar o comportamento do usuário são fundamentais.

Vitor Cavalcanti: Nós temos diversos casos de IA no Brasil, mas sempre pensando na experiência do usuário. Por outro lado, o 5G massifica tecnologias como essa.  Você tem exemplos de IA como defesa para cibersegurança?

Luciana Pinheiro: A nossa tecnologia de IA analisa o comportamento do usuário quando ele acessa um dispositivo até chegar na aplicação, independente de onde está. Por exemplo, uma pessoa de manhã acessou em São Paulo e a tarde na China – não daria tempo – e então são consideradas algumas atividades automatizadas, como mandar um e-mail para o usuário ou até bloqueá-la. Se ela baixou muitos arquivos ou está entrando muitas vezes com a senha errada também podem ser analisados. Todo o comportamento tanto do usuário quanto da aplicação é analisado e gera uma ação que pode ser automatizada.

Vitor Cavalcanti: Produtividade no trabalho remoto foi um aprendizado ao longo dos últimos dois anos e, se a empresa tinha a desconfiança da produtividade, o profissional também teve o desconforto de trabalhar de casa, como a gente alia essas expectativas?

Luciana Pinheiro: Durante a pandemia, a gente viu alguns casos extremos. Vimos, inclusive, gerentes que faziam com que os colaboradores ligassem a câmera para comprovar a produtividade. Existem outras formas de medir produtividade, a gente tem ferramentas que medem a integração e a colaboração entre times, temos ferramentas para análise de performance, que ajudam líderes e colaboradores.

Vitor Cavalcanti: Pelo o que você observa, esse aprendizado sobre produtividade tem sido praticado?

Luciana Pinheiro: Sim! Nós vemos uma procura cada vez maior pelas ferramentas. A mudança para o trabalho híbrido, quando você consegue aproveitar a conectividade, dependerá muito da mudança cultural. Se não tiver treinamento para os líderes e para os gerentes, isso não vai acontecer.

Vitor Cavalcanti: Existe uma série de protocolos surgindo, algumas empresas optando por trabalho presencial, outras com trabalho híbrido. O que ajudará essas empresas a definirem o quão híbrido esse trabalho pode ser?

Luciana Pinheiro: A definição sobre o trabalho ser híbrido ou não depende muito mais da função que a pessoa exerce do que da tecnologia. Por exemplo, se a pessoa é uma enfermeira, caixa de supermercado, se é uma pessoa da segurança, ela precisa estar no escritório. Uma pessoa que trabalha a capacidade intelectual tem o poder de trabalhar em qualquer lugar. E, hoje, existem ferramentas para habilitar um trabalho seguro e com uma experiência equivalente a do escritório.

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