De acordo com uma matéria do Netzpolitik.org, o TikTok limitou o alcance de vídeos de pessoas com deficiência, “obesos autoconfiantes”, usuários LGBTQ e usuários com autismo.
A publicação entrou em contato com uma fonte interna da empresa e obteve documentos sobre a imposição. A política interna visava “proteger” os usuários com alto risco de bullying. Por outro lado, acabou representando discriminação, já que moderadores precisavam tomar decisões rápidas sobre os conteúdos.
O site alega que vídeos de pessoas destes grupos eram categorizados como “Auto R”, uma categoria/tag de risco. Isso impedia que os vídeos aparecessem no feed de outros usuários após atingir uma determinada quantidade de visualizações.
A controversa medida adotada pela ByteDance, empresa que detém o TikTok, para evitar bullying na plataforma, surge como mais um caso de violação. O aplicativo está sendo processado nos Estados Unidos por supostamente coletar e expor dados pessoais de crianças menores de 13 anos.
Um porta-voz do TikTok disse que as regras partiram de uma “tentativa precoce e falha” para combater conflitos na plataforma. Ele informou, também, que a medida não foi pensada para ser de longo prazo. Por outro lado, a fonte anônima do Netzpolitik.org disse que os moderadores foram instruídos a seguir tais regras até setembro.
Ao The Verge, um porta-voz da empresa disse que, “embora a intenção fosse boa, a abordagem estava errada”. Ele também afirmou que “há muito tempo, mudamos a política anterior em favor de políticas antibullying mais sutis”.
Os vídeos, basicamente, não eram removidos. Mas, por outro lado, tinham seu alcance reduzido na plataforma.
Com informações de: Netzpolitik.org, The Verge.
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