A Stefanini deve crescer seu faturamento bruto em cerca de 20% no Brasil em 2016 comparado ao ano passado. A previsão é do CEO global da companhia, Marco Stefanini, que classificou positivamente o desempenho até o momento, sobretudo considerando o cenário econômico desfavorável durante o ano. Em 2015, o faturamento bruto no País foi de R$ 2,6 bilhões.
Globalmente, a companhia deve manter a margem de expansão dos últimos anos, na casa dos 11%. A projeção para o mercado europeu, onde a Stefanini também atua, são os mesmos 20% do Brasil. Já os Estados Unidos devem manter-se em nível estável, enquanto para o restante da América Latina ainda não há previsão.
Apesar dos números favoráveis, Marco Stefanini mantém a política conservadora que, segundo ele, sempre acompanhou a multinacional brasileira, prestes a completar 30 anos de fundação e hoje presente em 39 países. “Quando tudo está muito bom, não ficamos muito animados e o inverso também acontece. Temos uma faixa de entusiasmo tanto para cima quanto para baixo, não muito grande”, declarou o executivo, em entrevista ao IT Forum 365. E é dessa forma que ele pretende seguir. “O importante para nós é a consistência. Não adianta crescer 30% em um ano e diminuir 5 ou 10% no outro. É preciso ter equilíbrio”.
Apesar dos desafios diante da conjuntura econômica, a Stefanini demonstra solidez, o que rendeu seus dois melhores anos em termos de faturamento. O líder da empresa comenta que não houve uma estratégia específica para isso, mas, sim, planejamento de crescimento que vinha sendo implementado no longo prazo.
“Tudo é uma soma de fatores, desde a renovação das ofertas e de serviços, passando pela nossa parte de inovação e soluções de negócios e investimentos na formação das pessoas, até a melhor gestão do ponto de visto gerencial de empresa. Estamos colhendo frutos de uma série de melhorias da empresa na entrega dos serviços. A crise acabou nos pegando em um momento mais forte. Isso nos ajudou a passar esse momento mais difícil”, explicou.
A companhia luta para manter-se atualizada no mercado e fornecer sempre tecnologias de última geração, acompanhando as mudanças do setor. É um processo de desenvolvimento de novas ofertas do ponto de vista de negócios para entregar mais do que o portfólio tradicional, e oferecer soluções voltadas a verticais específicas.
No setor financeiro, por exemplo, o executivo afirma que a Stefanini possui hoje uma plataforma 100% pronta para bancos digitais. No mercado de seguros, também consegue montar a plataforma para uma seguradora inteira. “Para cada indústria, buscamos oferecer soluções robustas sempre baseadas em tecnologia e muita orientada aos negócios”, pontuou.
O que o futuro reserva?
O futuro é tratado com pés no chão pela empresa. A expectativa é positiva, mas cautelosa. “Minha visão é de que a economia atingiu o ponto mais baixo, no final do primeiro semestre, e, a partir de agora, começa a recuperar. Não será muito rápida, mas gradual. Ainda haverá resultados ruins do ponto de visto de empregos, mas ainda como inércia de tudo que passou. Mas já começa a retomar um movimento.”
Esperançosa com a retomada, a empresa está de olho nas novas tecnologias e tem desenvolvido projetos nesse sentido, como baseados em inteligência artificial e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Um exemplo é a plataforma de inteligência artificial batizada de Sophie, capaz de interagir com usuários humanos e sistemas por meio de um conjunto crescente de interfaces de texto e voz. Essa e outras inovações da empresa estarão no centro de inovação que tem previsão de ser inaugurado no próximo mês.
Marco apoia o desenvolvimento, mas alerta que elas não trazem um faturamento imediato, por isso, é preciso manter investimentos tradicionais para a saúde financeira da companhia “Novas tecnologias exigem uma energia muito grande que não traduz em receita neste momento. É algo para o futuro. No fundo, o mercado ainda não compra esses tipos de serviços. Mas, claro, temos obrigação de investir e planejar antecipadamente e é o que estamos fazendo”.
Business Process Outsourcing (BPO)
Outro setor visto com atenção especial pela Stefanini é o de Business Process Outsourcing (BPO). Na última semana, a empresa anunciou seu processo de internacionalização das ofertas de BPO para atender demandas do mercado por mais agilidade e eficiência operacional.
A estrutura global de BPO contará com quatro delivery centers principais: Brasil, Filipinas, México e Romênia. “São quatro países com ótimo potencial de BOP e também são locais em que temos operações consolidadas. Temos os países certos e a solução certa, agora é uma questão de desenvolver comercialmente.”
Marco Stefanini vê o BPO como grande oportunidade, pois é possível acoplar a solução com automação e inovação, oferecendo oferta integrada. “É uma oportunidade de mercado que vai crescer bem nos próximos anos”, concluiu.
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