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Startups avançam no Brasil, mas ainda cometem muitos erros

Apesar do Brasil já ter seus primeiros unicórnios, ou seja, startups avaliadas em US$ 1 bilhão, o setor no país ainda precisa avançar muito. Há milhares de empreendedores que sonham em ver sua ideia brilhando no mercado e atraindo investidores. No entanto, a realidade mostra que muitos negócios geniais acabam morrendo cedo.

Segundo a pesquisa “Radiografia do Ecossistema Brasileiro de Startups”, divulgada pela Abstartups (Associação Brasileira de Startups) e Accenture, a idade média dessas empresas é de 2,7 anos. A questão econômica também pesa. A grande maioria dos empreendimentos, 76,22%, tem como fonte inicial do investimento as reservais pessoais dos sócios. Somente 9,28% conseguem recursos de um investidor anjo.

O grande problema está na ansiedade e na pouca experiência de mercado desses novos empreendedores. Muitos deles não sabem, por exemplo, como se portar, ou como vender sua ideia, diante de um investidor e acabam perdendo oportunidades. Por isso, poucas startups passam do segundo ano.

Como esses empreendedores são dinâmicos e com projetos sempre feitos muito rapidamente, em uma negociação a ansiedade pode atrapalhar. Eles querem sempre mais fluidez, mas precisam entender como funciona a cabeça dos investidores do mundo corporativo.

Outro erro comum: a falta de habilidade para vender uma ideia. Muitos desses jovens empreendedores possuem um grande conhecimento de toda a parte tecnológica da solução da startup. Porém, não conseguem passar isso de maneira estratégica para outras pessoas.

Quando um projeto é apresentado para um empresário, não está só em jogo a parte técnica, mas o negócio. É preciso mostrar qual o problema que o projeto está proposto a resolver, e não focar somente, por exemplo, em falar sobre a extensão dos códigos de um software ou comentar sobre suas funcionalidades.

O problema está no fato dos novos empreendedores não saberem agregar valor ao projeto na hora da venda. É importante se fazer algumas perguntas, do tipo: qual o valor que o projeto deseja agregar para sociedade? Qual valor que vai agregar depois de 5 anos? Como tal projeto vai entregar esse valor diante da solução que está propondo? Meu projeto é inovador?.

– Quando o empreendedor entende o valor da solução e não só a parte técnica, ele consegue apresentar a ideia de maneira mais significativa para os investidores. A pessoa precisa também se perguntar, será que investiria nesse projeto do jeito que está sendo apresentado e no formato que se encontra hoje? Isso ajudará até mesmo a raciocinar se é preciso ou não adaptar o projeto conforme a necessidade do mercado.

*Patrícia Medeiros, mentora de startups do WeWorkLabs e fundadora da Miner Business

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