SPTrans testa solução para modernizar gestão dos ônibus
A SPTrans está testando um software para modernizar a gestão dos ônibus na cidade de São Paulo. Segundo informações da BBC Brasil, o órgão adotou, em caráter de teste, um sistema da empresa norte-americana Urban Engines que reúne informações do Bilhete Único e dos aparelhos GPS dos veículos.
O sistema deverá monitorar 15 mil ônibus em São Paulo e mapeará, por exemplo, apear localização e velocidade média dos veículos, além de quantidade de passageiros nas linhas.
Segundo explicou à BBC Brasil, Ciro Biderman, diretor da SPTrans, hoje, a SPTrans gera cerca de 30 milhões de dados por dia sobre as frotas. “É um volume gigantesco, mas que fica subutilizado, porque não conseguimos avaliá-lo adequadamente.”
A ideia é que o software possa melhorar o planejamento. Atualmente, esse processo depende de levantamentos realizados manualmente e depois registrados em planilhas.
Todas as informações serão coletadas em tempo real e com o software é possível saber, por exemplo, quando um ônibus quebra, quais trajetos estão lentos, quantas linhas estão superlotadas ou ociosas e verificar mais rapidamente se uma empresa não cumpre o prometido e puni-la – ou premiar quem faz um bom trabalho.
Para identificar o potencial da tecnologia, a SPTrans usou dados coletados em 2013. Com base nesse material, foi possível, por exemplo, verificar que ônibus circulam com menos de 15% da capacidade e apareciam em quantidade bem maior do que os ônibus com mais de 85% de lotação.
Se os responsáveis pelo transporte em São Paulo considerarem que a análise é necessária para melhorar a inteligência do sistema, precisarão abrir licitação para contratar esse tipo de serviço, informa a reportagem.
De acordo com a BBC Brasil, a Prefeitura está finalizando uma licitação para contratar um serviço de computação em nuvem. Depois desse passo concluído, a SPTrans pretende ampliar a base de informações que alimenta o software, dos atuais três meses para dois anos de dados. O órgão espera ter até fevereiro o sistema analisando dados com uma defasagem de 15 dias.
*Com informações da BBC Brasil