Softex cria unidade em NY para apoiar internacionalização de empresas brasileiras

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3:46 pm - 22 de julho de 2014
Softex cria unidade em NY para apoiar internacionalização de empresas brasileiras
A Softex realizou nesta terça-feira (22) uma reunião com empresas interessadas em fazer parte do hub da associação em Nova Iorque, cidade que está se destacando como opção para empresas que desejam crescer em alternativa ao tradicional Vale do Silício, onde a Softex já possui um hub. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Centria Partners, busca gerar oportunidades de negócios para as empresas brasileiras entrarem e se manterem no mercado norte-americano.

A associação argumenta que embora diversas empresas de tecnologia tenham em seu DNA a inovação como um dos principais valores, é preciso fazer com que elas sejam agentes globais nos segmentos em que atuam. Para isso, é necessário criar uma estratégia de internacionalização da marca.  

A iniciativa da Softex auxilia em pontos importantes para o estabelecimento de uma companhia no concorrido mercado norte-americano, como na sua incorporação, questões jurídicas, contabilidade, espaço físico para implantação de escritório, contratação de funcionários, imigração, questões bancárias, além de moradia para os colaboradores que irão migrar junto com a companhia.

“Cada companhia tem seus motivos para optar por internacionalizar sua operação para os Estados Unidos. Por isso, teremos camadas iniciais padrões para todas as empresas, mas o restante é customizado, baseado nas necessidades de cada um”, explicou Patrick McGinnis, consultor norte-americano que atenderá as empresas que integrarem o programa. 

Além do apoio inicial fornecido, o programa também ajudará as empresas a encontrarem clientes para seus produtos. O empresário também a cidade de Nova Iorque como um local onde pessoas de diversos países são recebidas ‘com os braços abertos’, visto que um terço dos residentes são imigrantes. Além disso, a cidade tem um “cost of failure” muito baixo, ou seja, as empresas que não conseguiram se estabelecer no mercado têm um custo baixo para encerrar suas atividades.

“Se comparado a São Paulo, o custo de um escritório em Nova Iorque é menor. Outro ponto vantajoso da cidade é que existe muita mão de obra qualificada e especializada no mercado brasileiro e latino-americano a custos acessíveis”, exemplificou McGinnis.

Para se adaptar ao mercado local, também é preciso aprender a lidar com particularidades da cultura. Nos Estados Unidos, a lealdade dos funcionários com a empresa é menor, visto que a demanda por profissionais é alta. Outro ponto importante para os norte-americanos é a utilização do tempo – geralmente, os negócios são mais rígidos quanto a prazos e espera-se que parceiros e clientes trabalhem da mesma forma. 

“As pessoas não irão te escolher por ser do Brasil ou não, e sim por ser excelente”, detalhou McGinnis.

Por que Nova York?

Além de ser uma alternativa ao Vale do Silício, Nova York também se destaca no aspecto logístico para brasileiros, visto que existem voos diretos. Em comparação com a região de São Francisco, ainda não existe esta opção. Já no que diz respeito a operação, a Big Apple possui uma grande quantidade de consumidores e é possível encontrar clientes para todos os tipos de soluções. 

A busca por profissionais também é melhor, uma vez que a concorrência entre empresas é menor. As faculdades locais, NYU Poli, Columbia University e Cornell NYC Tech, também oferecem programas de capacitação para profissionais do setor e contam com planos de investimento em empresas com potencial.

Adesão ao hub

Até o momento, cerca de 15 empresas já estão negociando para internacionalizar suas marcas, a maioria detentora de soluções voltadas para sistemas de pagamento, segurança e analytics. 

Para que a empresa seja aceita no programa, ela passa por um processo de avaliação que analisa o potencial inovador e de internacionalização da companhia, a adequação da solução/serviço e a estratégia de entrada no mercado norte-americano. 

A gerente-executiva internacional da Softex, Gláucia Chiliatto, explica que o processo conta com aconselhamento individual. “As empresas que já assinaram o termo de adesão estão conversando com a Centria e com o Patrick. As empresas terão duas horas de mentoring individualizado e ele irá verificar qual a necessidade e como ele pode ajudar para que o programa tenha continuidade”, concluiu.
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