Visando mercado japonês, SoftBank acaba de fechar acordo com Yahoo e Line

A joint-venture já começa com uma base de 100 milhões de usuários apenas na sua terra natal

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8:00 am - 18 de novembro de 2019

Pensando em expandir seus negócios para outros setores com mais potencial de crescimento, o executivo Masayoshi Son (fundador do SoftBank e criador do Vision Fund) acabou de anunciar a criação de uma joint-venture de telecomunicações dentro do Japão.  

O anúncio, feito na noite de domingo (segunda de manhã no fuso japonês), afirma que a Z Holdings (que controla o Yahoo no país) firmou um contrato com a sul-coreana Naver, que possui o app de mensagens Line, o mais utilizado no Japão, para a criação de uma holding, na qual cada uma das empresas investirá 50% para a criação.

A ideia é que o acordo seja formalizado até dezembro e que os negócios estejam integrados até outubro de 2020. De acordo com estimativas, o novo produto começará com uma base de 100 milhões de usuários ativos. 

O objetivo do CEO seria desenvolver dentro do país nipônico um ecossistema similar ao criado pela Alibaba na China, no qual os habitantes do país utilizam um único app para conversar, checar as finanças e fazer compras. 

Para realizar essa combinação, Son estaria envolvendo a subsidiária japonesa Z Holdings (que controla o Yahoo no país) em conversas com a sul-coreana Naver, que possui o app de mensagens Line, o mais utilizado no Japão. Caso a negociação resulte em um novo produto, ele começará com uma base de 100 milhões de usuários ativos. 

Apesar de não estar em seu melhor momento globalmente falando, o Yahoo ainda é bastante utilizado dentro do Japão, especialmente pela população que está na casa dos 40. Já o Line é utilizado para geração mais nova, além de possuir um sistema de pagamento embutido. Essas características complementariam as ofertas dentro de um mesmo mercado. 

Além desse potencial negócio, o SoftBank também investiu em uma plataforma de pagamento chamada PayPay, lançado no Japão em outubro de 2018. 

Novos mercados  

Recentemente, a instituição financeira publicou seu pior resultado financeiro da história: perda de US$ 6,44 bilhões, puxada especialmente pelo momento de descrença que a WeWork (uma das principais startups do portfólio da companhia) vive no momento. 

Por conta disso, Masayoshi Son está buscando investir em outras áreas mais promissoras, como inteligência artificial e comunicações, para recuperar o investimento perdido. 

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