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SMAC: a nova plataforma para negócios digitais

A SMAC (Social, Mobile, Analytics and Cloud Computing), quando bem estabelecida como conjunto fundamental de tecnologias de arquiteturas de TI de última geração, ocasiona dúvidas de como será a próxima evolução desta plataforma e como ela se desenvolverá para oferecer suporte e possibilitar os negócios digitais nos próximos anos. Conforme já abordado no artigo “Como estar preparado para a ruptura digital”, compreender a composição desta nova plataforma é vital para empresas que desejam promover uma ruptura digital em seu setor ou responder de maneira proativa a uma demanda já instaurada.

Quando as tecnologias SMAC surgiram, há muitos anos, eram amplamente aplicáveis e altamente revolucionárias para a TI corporativa. A próxima onda de tecnologias revolucionárias – algumas conservadoras e outras emergentes – é agora amplamente aplicável e altamente revolucionária para os modelos de negócios e processos.

Com isso, deixando de ser uma “ruptura” para a TI empresarial, as tecnologias SMAC estão se tornando elementos essenciais de uma nova plataforma para iniciativas de negócios digitais. Esta nova plataforma é composta por tecnologias SMAC familiares, mas acrescenta pessoas e contexto, automação inteligente, Internet das Coisas e, claro, segurança cibernética. Além disso, a mobilidade está evoluindo e abraçando o conceito de Wearable Technologies, enquanto a nuvem está evoluindo e assumindo conceitos mais amplos, como TI híbrida e Data Centers definidos por software.

Em conjunto, essas tecnologias podem ser utilizadas para reunir um ecossistema de plataformas de serviços sob demanda, fornecendo um leque de opções para os resultados de negócios digitais. Com base em sua perspectiva, é possível selecionar combinações robustas dessas tecnologias para alcançar os resultados de negócios esperados, tais como o aperfeiçoamento da experiência do cliente digital, aumento do trabalho digital, transformação dos processos de negócios, otimização da infraestrutura, simplificação do gerenciamento e implementação de uma postura adaptável de defesa da segurança cibernética.

Um CMO ou líder de negócios provavelmente se concentrará em iniciativas, como aplicação de transformação digital para lançar novos modelos de negócios, produtos e serviços; aprimoramento da experiência do cliente digital para melhorar o faturamento e a fidelização do cliente; transformação do processo de negócio para reduzir custos, melhorar a produtividade e diferenciar as ofertas; ou obtenção de ideias analíticas para tomar decisões mais assertivas, o que aprimora a eficiência e confere vantagens competitivas. Neste caso, são selecionadas a maior parte das tecnologias à esquerda do círculo e também as tecnologias à direita, se necessário.

Um CIO provavelmente se concentrará nas iniciativas de negócios mencionadas anteriormente, em parceria com os seus colegas de trabalho, além das principais iniciativas de TI, como o estabelecimento de uma infraestrutura de missão crítica com maior agilidade, flexibilidade, capacidade de gerenciamento e segurança. Neste último caso, serão selecionadas a maior parte das tecnologias à direita do círculo.

No geral, esta nova plataforma pode ser utilizada como uma estrutura de referência para a transformação de negócios digitais em relação aos principais recursos de TI, tecnologias e abordagens, necessárias para o suporte aos resultados de negócios desejados. A seguir, serão apontadas seis características principais da plataforma e como o modelo pode auxiliar no planejamento:

* Ecossistema de serviços – em vez de uma plataforma monolítica que integra tudo, a plataforma futura será extremamente virtualizada e distribuída, com um ecossistema de serviços dos provedores líderes do setor, alguns desses recursos poderão ser criados, outros terceirizados ou adquiridos como um serviço e, ainda, outros recursos poderão ser promovidos por meio de parcerias.

* Elementos base – as principais tecnologias revolucionárias servem como elementos base, algumas tradicionais e outras emergentes. A SMAC provavelmente representará o conjunto dos principais elementos base, mas é possível adicionar outras tecnologias com base nas necessidades e nos objetivos específicos de inovação. A IoT (Internet das Coisas) e a automação inteligente (incluindo software e robôs físicos) provavelmente desempenharão um grande papel, da mesma forma que outros facilitadores, como a impressão 3D e a aprendizagem automática.

* Ciclo de vida dos serviços digitais – o poder do ciclo de vida dos serviços digitais se tornará uma das competências principais para que as empresas expandam seus negócios e criem vantagem competitiva sustentável nos próximos anos. Já não é mais suficiente ter um conjunto inovador de produtos ou serviços, é preciso ser um mestre em design, desenvolvimento, implementação, gerenciamento e estar em constante desenvolvimento dos serviços digitais. É onde os recursos, como Agile e DevOps, entram em cena e permitem o desenvolvimento e implementação rápida de novos serviços digitais.

* Estrutura para avaliação – a plataforma oferece uma estrutura simples para avaliar áreas de oportunidade e proficiência de negócios digitais. Por exemplo, cada um destes facilitadores da tecnologia revolucionária está sendo aproveitado adequadamente para

dar suporte aos objetivos de negócios? Talvez o ritmo da SMAC esteja sendo aproveitado, mas e quanto à IoT e às áreas como a de produtos de automação de processos robóticos, como e quando estão sendo utilizadas?

* A rápida caminhada para a nova plataforma – como a TI será um ambiente híbrido, por algum tempo, é importante interagir entre as duas divisões do ambiente de estado atual e esta visão do futuro. Uma caminhada rápida e interativa para a plataforma futura deve ser impulsionada por resultados de negócios específicos e facilitada pelo subconjunto apropriado das tecnologias revolucionárias. Por exemplo, uma organização pode seguir vários caminhos ou fluxos de trabalho em paralelo com uma abordagem repetitiva para reduzir riscos e oferecer benefícios antecipados. Um caminho possível é o aperfeiçoamento da infraestrutura existente e a simplificação do gerenciamento, enquanto outra possibilidade pode ser o aprimoramento da experiência do cliente digital e a transformação de processos de negócios.

* Agrupamentos comuns de serviços – os agrupamentos comuns de serviços, como aqueles fornecidos por data centers definidos por software, podem lidar com objetivos específicos de negócios e acelerar o tempo de comercialização. Em vez de construir cada elemento base no suporte de um objetivo de negócios específico, é possível encontrar recursos prontos para uso, onde as várias tecnologias revolucionárias foram pré integradas e pré-embaladas para colocá-las em prática imediatamente. Por exemplo, é possível encontrar um recurso de data center definido por software que já tenha componentes SDDC (software defined data center, em inglês, ou data center definido por software) tradicionais pré integrados de “computação”, “rede” e “armazenamento” com elementos adicionais, como segurança e gerenciamento definidos por software.

Em resumo, a nova plataforma para negócios digitais pode ser útil na reflexão sobre os facilitadores de tecnologia adicional, além da SMAC, que pode agregar valor e oferecer vantagem competitiva para as iniciativas de negócios digitais. Um dos pontos principais é que esses facilitadores de tecnologia podem ser utilizados em combinações robustas para oferecerem suporte aos objetivos de negócios. Por exemplo, em iniciativas no ambiente de trabalho digital pode-se optar por “ferramentas humanas” com dispositivos de uso pessoal e sensores, e também “socializar a máquina” com interfaces de linguagem natural, capacidade de acesso colaborativo e funções robóticas de provisão por meio das redes sociais. Isso ajudará a otimizar a combinação da participação homem/máquina e a interação dentro dos processos de negócios repensados para o ambiente de trabalho digital.

Finalmente, ao aplicar o modelo em algumas das startups mais interessantes de hoje e com os modelos de negócios da próxima geração, é possível ver que muitos destes facilitadores de tecnologia já são aplicados, se não todos, como parte de uma abordagem inovadora.

 

(*) Nicholas D. Evans lidera o Programa Estratégico de Inovação da Unisys

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