Setor financeiro gastará US$ 623 bi em TI em 2022, estima Gartner

Consultoria destacou três tendências tecnológicas para o setor que devem consumir orçamentos em TI

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5:25 pm - 26 de maio de 2022
Imagem: Shutterstock

Os gastos com TI feitos por empresas de serviços financeiros devem atingir US$ 623 bilhões em todo o mundo neste ano, segundo estimativa do Gartner. O valor representa um crescimento de 6,1% quando comparado ao ano anterior.

Os serviços de TI, que incluem consultoria e serviços gerenciados, respondem por 42% do total de gastos de Tecnologia da Informação no setor, com cerca de US$ 264 bilhões de investimento. A categoria que mais cresce é a de software, com previsão de aumento de 11,5%, movimentando US$ 149 bilhões.

A consultoria também identificou três tendências tecnológicas que devem impactar o setor e contribuir para as metas de administração, crescimento e transformação do negócio de organizações no setor. São elas a Inteligência Artificial generativa; sistemas autônomos e computação aprimorada de privacidade (PEC, do inglês Privacy-Enhancing Computation).

“Embora o crescimento seja a principal prioridade, a necessidade de gerenciar riscos, otimizar custos e aumentar a eficiência também exige novas inovações tecnológicas”, avalia Moutusi Sau, Analista e Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner.

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Conforme explica Sau, a IA generativa permite que os CIOs dos bancos ofereçam soluções de tecnologia para os negócios em busca de crescimento de receita, enquanto sistemas autônomos e computação de aprimoramento de privacidade são soluções de longo prazo que podem fornecer novas opções para a transformação dos negócios das organizações de serviços financeiros.

Para a Inteligência Artificial generativa, o Gartner prevê que 20% de todos os dados de teste para casos de uso voltados para o consumidor serão gerados sinteticamente até 2025. A tecnologia aprende uma representação digital de artefatos a partir de dados e gera novas criações inovadoras que são semelhantes ao original, mas não o repetem.

“Em serviços financeiros, a aplicação de redes generativas e geração de linguagem natural pode ser encontrada na maioria dos cenários para detecção de fraudes, previsão de negociação, geração de dados sintéticos e modelagem de fatores de risco”, destaca a consultoria.

Já os Sistemas autônomos são sistemas físicos ou programas autogerenciados que aprendem com seus ambientes e modificam dinamicamente seus próprios algoritmos em tempo real para otimizar seu comportamento em ecossistemas complexos. Atualmente, os sistemas autônomos são, em sua maioria, baseados em soluções de software específicos para o contexto bancário. “No entanto, robôs humanoides estão surgindo em filiais inteligentes, sendo exemplos de sistemas autônomos baseados em hardware e que atendem a clientes e colaboradores”, indica o Gartner.

Em um contexto onde as leis de privacidade e proteção de dados se tornam cada vez mais críticas aos negócios, a computação de aprimoramento de privacidade (PEC) protege o processamento de dados pessoais em ambientes não confiáveis. Este conceito usa uma série de técnicas de proteção de privacidade para permitir que os dados sejam extraídos respeitando os requisitos de conformidade.

O Gartner prevê que 60% das grandes organizações usarão uma ou mais técnicas de computação de aprimoramento de privacidade em análises, inteligência de negócios ou computação em Nuvem até 2025.

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