Self-Service BI: poder e governança nas mãos do usuário

O poder de ter informações, realizar consultas e análises e gerar reports personalizados a qualquer tempo, a partir de qualquer lugar, agregando inteligência à gestão de setores como comercial, orçamentário, recursos humanos, financeiro, contábil, marketing, materiais, produção, ou ainda em um conjuntura corporativa. Isto é o que garante o conceito de self-service BI, um modelo de autoatendimento para usuários de ferramentas de Business Inteligence que amplifica as possibilidades de utilização do software, agregando autonomia e agilidade às equipes.

Porém não podemos perder de vista a segurança e a governança, portanto, o software precisa abranger políticas de controle de qualidade dos dados, controle de acesso, recursos de privacidade, monitoramento e capacidade de gestão de todos estes itens. Trocando em miúdos, o self-service BI dá aos usuários liberdade para se concentrarem nas informações e análises que realmente interessam a seus cargos, departamentos e funções específicos, sem gastar seu tempo focados na tecnologia – esta parte fica exclusivamente com a TI, que é responsável, neste modelo, por estabelecer a conectividade com os dados dos sistemas transacionais e instruir os usuários sobre quais e onde estão as informações que lhes interessam. Enquanto a TI cuida do elenco e organização dos dados, o usuário se foca somente no significado deles.

Para um melhor entendimento, tracemos um comparativo com o self-service de um restaurante: enquanto a cozinha (TI) se preocupa em separar os ingredientes de cada prato, medir as quantidades necessárias, executar e servir as receitas, o cliente (usuário) só se ocupa de ir até o buffet e servir-se do que melhor atender sua necessidade. Simples, direto e útil: este é o mote do self-service BI, voltado a otimizar o tempo dos usuários, que destinarão menos tempo à montagem de relatórios e mais a análise dos dados, podendo, assim, tomar decisões bem embasadas em informações ricos e úteis. Desta foma, este conceito possibilita melhoria do trabalho e do rendimento de cada colaborador e das equipes, o que, somado, culmina inevitavelmente em incremento dos resultados gerais do negócio.

Some-se a isso as facilidades da cloud computing, com ferramentas de BI acessíveis a partir de qualquer lugar por meio de dispositivos conectados à Internet, bem como recursos de acesso multi-dispositivo off-line, uma interface amigável e intuitiva e ferramentas de colaboração e estará estabelecida a rede de benefícios do self-service BI. A era das planilhas acabou – ou, pelo menos, deveria ter acabado. Para acompanhar a agilidade do mercado atual, equipes estratificadas em controles diversificados e pouco integrados, passíveis de erros, retrabalho e falhas de comunicação não são mais admissíveis.

É preciso equipar o negócio, seja ele de que segmento for, com soluções que agreguem inteligência, produtividade e competitividade. Somente desta forma será possível estar no páreo da corrida diária por clientes e posicionamento mercadológico. A crise esta aí para nos mostrar novas formas de gerir negócios de forma mais eficaz e eficiente. Há algumas opções de self-service BI disponíveis no mercado.

Para escolher a mais adequada, o segredo é conhecer, primeiro, as demandas do negócio, os dados e análises mais requeridos, para então avaliar a solução que melhor atende à tais necessidades, tendo em conta requisitos fundamentais como: facilidade de uso, relação custo-benefício, interface intuitiva, apresentação dos dados e das análises (é essencial que sejam visualmente fáceis de trabalhar, para que o usuário não precise fazer esforço e consiga manter-se concentrado em sua tarefa principal, ao invés de ter que pensar sobre a tecnologia que utiliza) e, ponto de máxima importância, integração com outros softwares utilizados pela empresa.

Sim, pois ninguém quer adquirir uma ferramenta que vá jogar no lixo investimentos legados. Sendo assim, a integração do self-service BI com sistemas de gestão (ERP), softwares de conteúdo, bases de dados, planilhas e afins é primordial para o sucesso do projeto e do trabalho como um todo. Tal integração permitirá maximizar os potenciais de cada ferramenta, aproveitando ao máximo o que cada uma pode entregar, e também a capacidade de aproveitamento de informações externas ou ainda do próprio usuário.

Visibilidade aprofundada de informações, capacidade de análise, facilidade no acesso, avaliação e cruzamento de informações, mobilidade, autonomia, colaboração e organização, tudo complementado por uma boa dose de eficiência e eficácia. Este é o poder do self-service BI, um modelo em que qualquer empresa que deseje alcançar a competitividade exigida pelo mercado atual deve investir.

*Douglas Fernando Scheibler é CEO da BIMachine

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