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Segurança eficaz exige múltiplas habilidades

Conquistar o equilíbrio de um malabarista leva tempo e não é tarefa simples. Ser capaz de arremessar e pegar vários objetos ao mesmo tempo requer múltiplas habilidades: reação rápida, flexibilidade, concentração e a coordenação do ritmo e os movimentos. O foco maior não está apenas em impedir que eles caiam, mas sim em conquistar o equilíbrio perfeito.

Os departamentos de TI neste último ano passaram por alguns desafios semelhantes. Pois precisaram de uma combinação eficiente entre experiência do usuário, produtividade, trabalho remoto e segurança em um cenário complexo, com um risco exponencialmente maior.

Em tempos de pandemia e hiperconectividade, garantir a segurança dos dados tornou-se um grande desafio. Nesse sentido, o trabalho remoto pode ser encarado como um impacto no crescimento das vulnerabilidades junto às organizações.

É o que comprova um estudo recente da Citrix focalizado em cibersegurança conduzido na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México em que 77% dos líderes de TI pesquisados acreditam que as ameaças à segurança estão diretamente relacionadas com a implementação do trabalho remoto.

Nesse sentido, 92% disseram que tiveram que adaptar sua estratégia de segurança e 92% até mudaram as exigências de segurança dos fornecedores e parceiros. Claramente este novo cenário de trabalho requer uma evolução, embora muitos possam pensar que em breve voltaremos ao escritório. Entretanto, um modelo de trabalho híbrido também não se encaixa nas estratégias tradicionais de proteção – as quais utilizávamos antes da pandemia.

Repensar essas estratégias tem a ver com a implementação de tecnologias que são seguras desde sua concepção, arquiteturas baseadas na validação constante do perímetro de segurança (que não pode mais ser centrado em localidades ou ambientes corporativos, mas no acesso aos dados), no reforço da segurança da rede e da forma como as aplicações e as informações são entregues.

O gerenciamento de dispositivos e a plena visibilidade do que está acontecendo na rede também são fatores relevantes. Uma parte dos líderes de TI entrevistados (38%) disse que já implementou tecnologias como machine learning (ML) e inteligência artificial (IA) para melhorar a segurança de suas empresas. E 46% apontaram que planejam fazer isso em menos de 12 meses.

Outro ponto importante que os líderes de TI mencionam na pesquisa é referente ao treinamento. Isso não apenas para que os funcionários aprendam medidas básicas de segurança, mas o treinamento contínuo que as equipes de TI demandam diante de uma realidade em rápida mudança. Pois, as ameaças de hackers em acelerada evolução e estilos de ataques, não são mais tão previsíveis como no passado.

É evidente que o futuro do trabalho que estamos construindo apresenta múltiplos desafios para o departamento de TI. A segurança, ao mesmo tempo, precisa evoluir ao ritmo de hoje, mas também antecipar o futuro. Isso sem afetar negativamente a produtividade e a experiência de trabalho. Dessa forma, é possível progredir na busca do equilíbrio perfeito entre os principais elos do sucesso das organizações de hoje.

* Juan Manuel Gómez é diretor de vendas workspace para Citrix América Latina

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