Segurança corporativa no Brasil falha por falta de estratégia, inteligência e comunicação

A violência urbana nas grandes cidades tem impulsionado uma série de investimentos em segurança por parte das empresas, mas três fatores estão prejudicando a efetividade das medidas adotadas: a falta de estratégia, de inteligência e de comunicação para implementar as mudanças. Uma pesquisa realizada pela consultoria de gestão de operações em segurança ICTS Security, com 105 empresas brasileiras, sendo 79% de grande porte, apresenta um panorama atual sobre questões relacionadas à segurança corporativa e implementação.

Em tempos de aumento exponencial de ocorrência como roubo de carga, furto, invasão, fraudes, fuga de informações, e outros crimes, 92% das organizações entrevistadas declaram possuir uma área de segurança estruturada e 84% planejam e definem orçamentos anuais para o setor. Porém a falta de estratégia, inteligência e comunicação tornam pouco efetivos os resultados de seus investimentos.

O levantamento sinaliza ainda que as tendências em segurança corporativa em curto prazo são: segurança da informação, integração dos sistemas e vídeo análise e assuntos regulatórios. Para médio e longo prazos estão a terceirização da segurança, com a internalização de ações de equipes terceirizadas e a substituição de pessoal por tecnologia.

Considerando os fatores externos

Quando a ocorrência foge ao controle das empresas, como é o caso de fatores externos como a violência urbana, rotina para quem vive no Rio de Janeiro e em São Paulo, 72% das empresas ouvidas afirmam ter um plano de emergência preventivo. Entretanto, apenas 52% treinam o pessoal de acordo com diretrizes do próprio plano de emergência.

Ainda de acordo com o levantamento, as empresas precisam repensar estratégias de segurança corporativa sem considerá-la apenas como custo em curto prazo, mas imaginando que isso vá gerar resultados em médio e longo prazos. Diminuindo prejuízos e aumentando a percepção e segurança dos funcionários, os impactos tendem a ser sentidos diretamente nos índices de desempenho de um modo positivo.

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