SAP aposta na força da missão para engajar funcionários

Programas da companhia levam a missão para o cotidiano, mostrando o impacto social do trabalho do colaborador

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10:26 pm - 17 de outubro de 2019

Integrar as pessoas à missão e à visão da empresa, fazendo com que elas se sintam parte de um projeto maior. Esse é o foco das ações de RH da SAP Brasil – que ocupa o terceiro lugar do ranking das Melhores Empresas para Trabalhar em TI, ranking do Great Place to Work (GPTW) Brasil em parceria com a IT Mídia, – para engajar seus colaboradores. “Queremos que o funcionário possa exercer a missão e visão no seu dia a dia, compreendendo o impacto do seu trabalho em um contexto mais amplo. Isso aumenta o engajamento e se reflete nos resultados da empresa”, explica Marcelo Carvalho, diretor de RH da SAP Brasil.

Uma das ações que resultam dessa estratégia é o One Billion Lives, criado para incentivar o empreendedorismo. O programa convida os funcionários a apresentar um projeto capaz de impactar 1 bilhão de pessoas no mundo. Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil concorre na final mundial. Neste ano, o projeto que representa o Brasil é a rede social Xpecial, que visa conectar família, médicos, ONGs, governo, saúde, ciência e empresas interessadas em contratar autistas.

Os colaboradores também podem participar do Programa Sabático Social, que tem como objetivo aproveitar as habilidades dos top talents da empresa para ajudar entidades sem fins lucrativos no desenvolvimento das suas competências e modelos de gestão. “Os funcionários desenvolvem tarefas em uma realidade diferente da sua, uma vez que vão para outras localidades e dedicam um mês a esse trabalho. As pessoas voltam enriquecidas do ponto de vista profissional e pessoal”, detalha Carvalho.

Transparência e oportunidade de crescimento

Se o engajamento é um dos pilares da estratégia de recursos humanos, a preocupação com a evolução dos profissionais não fica atrás. Isso explica porque o item oportunidades de crescimento e desenvolvimento aparece em destaque no levantamento feito pelo GPTW.

Todas as oportunidades internas, com exceção das confidenciais, são divulgadas internamente e todos podem participar, independentemente da área em que ingressaram na empresa e da formação. “Nas reuniões de feedback são discutidas as oportunidades de carreira e os líderes sabem que a condição para que possam crescer é ter um sucessor pronto”, afirma Carvalho, destacando que a empresa também incentiva a carreira em Y, desmistificando o conceito de que para crescer é necessário ter equipe.

O executivo explica que a avaliação é contínua e a freqüência é definida entre colaborador e gestor. “O objetivo é empoderar o gestor, que tem diversas oportunidades para discutir a evolução de seu time.” Um desses momentos é no chamado Round Table, em que o líder sinaliza quem são os profissionais de alto potencial e os planos de desenvolvimento para eles.

A transparência da avaliação é garantida por meio de pesquisas em que os colaboradores avaliam a qualidade e quantidade do feedback recebido.

A pesquisa de clima também é um coringa, quando o assunto é transparência, e atualmente está sendo reformulada. “Estamos evoluindo para um modelo em que olhamos os momentos mais importantes na jornada do colaborador, como o momento de receber o feedback, ser promovido ou o acolhimento diante de um problema de saúde. É um projeto global que está em desenvolvimento e deve começar a ser aplicado no próximo ano”, conta.

Em um mundo diverso, diversidade

A diversidade também é tema presente na SAP. “Criamos condições para que nossos gestores entendam a importância de ter uma força de trabalho diversa porque nossos clientes são diversos”, afirma.

A plataforma de diversidade da empresa é composta pelos grupos Pride, voltado à comunidade LGBT, Generations, que aborda a integração das diversas gerações, Ethnicities, que promove a diversidade étnica, Differently Abled People, voltado a profissionais com autismo e Women Business Network, para impulsionar a participação da mulher no mercado de TI. “Atualmente, as mulheres representam 22% do total de colaboradores. A meta global é chegar a 30% até 2023”, revela Carvalho.

Essa aposta na equidade de gênero rendeu à SAP a certificação o título de primeira empresa de tecnologia a conquistar a certificação Economic Dividends for Gender Equality (EDGE) em 2016. “Estamos no segundo nível da certificação e a expectativa é atingir o mais alto grau em 2020”, orgulha-se o direto de RH.

Envolvimento familiar

As políticas de RH extrapolam os limites do indivíduo e buscam aproximar a família do colaborador da SAP por meio de ações como o Parents Day e Minha primeira experiência de Trabalho. Na primeira, o funcionário é convidado a levar os pais à empresa. “É um momento de agradecer e reconhecer o trabalho desenvolvido pelo profissional”, afirma Marcelo.

Já o programa Primeira Experiência de Trabalho permite que o funcionário indique algum jovem de seu núcleo familiar, que esteja cursando o ensino médio, para passar duas semanas na empresa e, ao final desse período, apresentar um projeto aplicando tudo que aprendeu. “Essa iniciativa foi criada no Brasil e já foi replicada para Colômbia, Chile e Argentina”, conta Carvalho.

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