A 36ª edição da festa de São João, que aconteceu entre junho e julho em Campina Grande (PA), teve um diferencial tecnológico: o uso de um sistema de reconhecimento facial para reforçar a segurança dos presentes — que, em uma conta bem modesta, chegaram a 1,5 milhão de visitantes.
Trata-se do Facewatch: fundada em 2010, a companhia inglesa começou a operar enviando imagens gravadas em câmeras de circuito fechado (CCTV) para a polícia. Porém, com o surgimento (e expansão) de tecnologias que reconhecem faces de forma quase instantânea, a empresa já consegue entrar em contato direto com as autoridades segundos após o sistema identificar o rosto de um possível suspeito, presente em uma base de dados utilizada pela tecnologia.
A companhia, que no Reino Unido tem contrato com diversas redes de supermercado, foi trazida ao Brasil pela Staff Solutions, que realizou uma parceria com a Intel para incluir a solução no portfólio IMRS – Intel® IoT Market Ready Solutions, o que garante que o produto opera dentro de um determinado padrão de excelência e também acelera sua implementação em outros países. Por ter sido criado na Europa, o Facewatch já cumpre os requisitos da GDPR, a legislação europeia que equivale à Lei Geral de Proteção de Dados.
O evento de Campina Grande foi o primeiro fora do Reino Unido em que se usou o Facewatch com o objetivo de proporcionar segurança e monitoria em um evento de grande porte: no Brasil, a tecnologia costuma ser adotada por empresas privadas pela polícia do Rio de Janeiro em situações mais restritas.
Para Reginaldo Rodrigues, diretor de canais, distribuição e vendas da Intel Brasil, o caso de Campina Grande mostra que o uso da tecnologia dentro do mundo de segurança é um caminho sem volta: “Se a gente for pensar só no crescimento do uso de câmeras em segurança, estamos falando de um mercado que deve faturar US$ 68 bilhões até 2023, com um crescimento anual de 23%. Isso sem considerar que, dentro da área de segurança, o setor mais demandante é o de reconhecimento.”
A implementação da tecnologia de reconhecimento foi um pedido da organizadora do evento, que gostaria de testar a solução como uma forma de proporcionar maior segurança aos frequentadores da festa. A Staff Solutions, então foi contratada para este ano com o objetivo de selecionar a tecnologia utilizada.
A edição de 2019 foi importante para a companhia porque, no ano anterior, a experiência com uma outra solução não foi muito boa. “Enfrentamos complicações depois de uma tentativa fracassada com uma solução de reconhecimento facial diferente no ano passado, de modo que a polícia e o governo local estavam céticos quanto ao resultado do evento”, explicou Evandro Mesquita, Diretor Comercial da The Staff Solutions.
Mas, segundo Mesquita, o problema foi selecionado com o uso do Facewatch “Conseguimos trabalhar em conjunto com eles [a Polícia Militar da Paraíba], a empresa responsável pelo evento e um provedor de internet local, em um formato de segurança colaborativa.”
No total, foram instaladas 250 câmeras com software de reconhecimento facial em todas as entradas e acessos do Parque do Povo, que possui 42 mil e 500 metros quadrados de extensão. Com o uso do sistema, Polícia Militar da Paraíba realizou abordagens em 250 casos suspeitos e efetuou 11 prisões, reduzindo em 90% o número de incidentes no evento comparado ao ano passado.
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