A Samsung revelou na última semana, durante a feira de tecnologia CES 2018, em Las Vegas, a sua versão de um whiteboard (quadro branco) digital colaborativo. Chamado de Flip, o display inteligente da fabricante sul-coreana é mais um aparelho do tipo a chegar ao mercado, depois de iniciativas similares de fabricantes como Google, Microsoft e Cisco.
Todas essas empresas querem substituir os tradicionais quadros brancos e seus suportes por um hardware com touchscreen habilitado para facilitar a colaboração durante reuniões e sessões de brainstorming.
Até quatro pessoas podem interagir com a Samsung Flip ao mesmo tempo, usando as mãos ou uma caneta stylus para criar conteúdos ou fazer anotações. Feita para ser usada em salas de reunião, a tela 4K de 55 polegadas pode mudar da orientação de retrato para paisagem, dependendo da necessidade da empresa. O dispositivo conta com portas USB que permitem conexão com PCs e aparelhos móveis, assim como via conectividade wireless.
Uma habilidade integrada para compartilhamento de tela permite que o conteúdo da Flip seja visualizado diretamente em PCs e dispositivos móveis, o que pode ser especialmente útil para funcionários que não estejam presentes no local.
A Flip roda o sistema operacional Tizen, que também é usado em diversos outros produtos da Samsung, incluindo as suas smart TVs, e conta com 8GB de armazenamento interno.
Com preço sugerido de 2.700 dólares, a Samsung Flip custa menos do que aparelhos rivais, como o Google Jamboard for G Suite, lançado em 2017 por 5 mil dólares, e o Microsoft SurfaceHub, que chega a 9 mil dólares (modelo de 55 polegadas).
No entanto, esses aparelhos rivais da Samsung oferecem integração com os respectivos pacotes de software para empresas das suas fabricantes, o que lhes dá uma vantagem sobre a tela da Samsung.
“A sala de reuniões tornou-se o novo campo de batalhas para comunicação e colaboração corporativa”, afirma o analista sênior da 451 Research, Raul Castañon-Martinez, que lembra que Google e Microsoft são nomes fortes como fornecedores de software, enquanto a Samsung está presente nesses locais de reunião graças aos seus smartphones e sistemas de telefone PBX.
Concorrer com outros produtos ricos em recursos é apenas um obstáculo para esses quadros brancos digitais, aponta o diretor de pesquisas da Gartner, Larry Cannell. Whiteboards digitais já estão no mercado de alguma forma há anos e as fabricantes ainda precisam convencer um número significativo de usuários a fazerem a mudança de ferramentas já conhecidas para essas alternativas digitais.
“O desafio com esses produtos não é necessariamente a integração com software back-end”, destaca Cannell. “Em vez disso, eles ainda estão competindo com quadros brancos físicos nas salas e cavaletes enormes. A partir da minha experiência, a maioria dos quadros brancos digitais acabaram sendo usados como projetos digitais chiques”, explica.
Apesar do lançamento de novos modelos por algumas fabricantes no último ano, a demanda por parte dos consumidores ainda está ganhando força, de acordo com Martinez. Isso deve mudar nos próximos um ou dois anos à medida que o hardware fique cada vez mais integrado com softwares de colaboração e produtividade.
“Quadros brancos digitais estão intersecção de produtividade e colaboração, comunicações unificadas e telefonia, e conferência por áudio e vídeo”, afirma. “Todos eles estão em transição com as novas tecnologias emergentes.”
“Espero que, à medida que cresça a adoção de produtos como o Microsoft Teams, Google G Suite e Cisco Spark, também aumente a demanda por quadros brancos digitais.”
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