Restrição financeira para investimento é fator de risco que mais preocupa CIOs

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7:58 pm - 21 de abril de 2016
Restrição financeira para investimento é fator de risco que mais preocupa CIOs
Restrição financeira para investimento é o fator de risco que mais preocupa líderes da indústria de TI quando o assunto é implantação da estratégia da empresa. Essa questão assombra 50,3% dos executivos, aponta o estudo Antes da TI, A Estratégia, promovido pela IT Mídia, em parceria com o consultor Sergio Lozinsky. O especialista apresentou alguns insights extraídos do levantamento na manhã desta quinta-feira (21/4), durante apresentação no Intercâmbio de Ideias, no IT Forum 2016. 
De acordo com o consultor, esse cenário reflete o momento econômico do País. No ano passado, aponta Lozinsky, esse tema estava longe do topo de preocupações dos CIOs nesse sentido. “Houve uma mudança radical”, afirma. O que os executivos tinham mais preocupação no passado, continua, era com mão de obra qualificada e retenção de talentos, tendo o fator ‘resistência à mudança’ também como item prioritário. “A questão financeira aparecia só em quinto lugar”, comenta.
Esse ponto de vista foi confirmado por um dos CIOs presentes no encontro, que observou que teve de realizar cinco revisões de budget durante o ano por conta do cenário instável. Apesar dos reajustes, também há espaço para inovação, como afirma Uelson Gonçalvez, gerente de TI do Supermercados Mundial. No seu ponto de vista, o segmento de tecnologia está investindo mais, aproveitando a “gordura do budget”, acumulada durante os anos, para usar ao ser favor.
Outro ponto destacado por Lozinsky é uma das habilidades que o CIO precisa melhorar: a comunicação. Os times precisam falar a linguagem do negócio, se quiserem vender um projeto e fazer com que a área de TI seja transformada e não mais percebida como área de suporte, ou como fábrica a qual apenas recebe encomendas e as entrega, observa.
Inovação
Um dos módulos do estudo é sobre o tema, que é tão debatido quanto importante para empresas. Nesse sentido, uma das novidades que o levantamento trouxe para este ano foi exatamente a questão das startups, que ganham a cena por serem empresas com ideias e ideais bastante difundidos nos últimos anos, especialmente por conta do quesito inovação. 
Iniciativas como a da Porto Seguro, com a Oxigênio Aceleradora, bem como do Banco Itaú, com o Cubo – apenas para citar alguns exemplos apontados pelo especialista -, estão chamando a atenção. “Esse é um movimento extremamente interessante e pode ajudar a trazer boas cabeças para pensar e experimentar”, observa Lozinsky.
Apesar do crescimento gradual da tendência, 40% das empresas respondentes afirmaram acreditar que o tema ainda não faz parte da agenda estratégica da empresa. E apenas 5% de fato apostaram na ideia e até criaram espaços para que startups pudessem desenvolver soluções e para alocar executivos de negócios para apadrinhar projetos – como nos casos acima citados.
Na visão de Lozinsky, ainda há uma certa relutância e o antigo pensamento de que não há espaço para esse tipo de iniciativa, por conta do business não ser propriamente de tecnologia, ainda existe – mas não é uma verdade. “Embora alguns negócios sejam mais propensos que outros, a criatividade é grande e vale a pena investir nesse sentido”, encerra.

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