Reinvenção é a chave para sobreviver à 4ª revolução industrial

Um conjunto de tecnologias em evolução, combinadas com fatores sociais e comportamentais, está provocando mudanças radicais no nosso jeito de viver e conviver. Negócios, sistemas, processos, produtos e serviços se tornam ainda mais interligados, hiperativos e interativos. Além disso, a economia está sendo sacudida por jovens empreendedores com mentalidade disruptiva e exponencial. Estas são características da 4ª revolução industrial, que já começou.

No entanto, todas essas mudanças criam um cenário de incerteza, ambiguidades e volatilidade, marcado pela velocidade e transformação constante. Segundo Mauro Carrusca, especialista em inovação e CEO da Carrusca Innovation, isso significa que o mundo conforme o conhecemos está deixando de existir e fica claro que o que fazemos hoje não será mais suficiente, nem no curto nem no médio prazo.

“Estamos imersos em uma sociedade em transição, que migra para uma nova era digital caracterizada pela disrupção de tecnologias e modelos de negócios, bem como a ascensão dos nativos digitais”, afirmou durante painel realizado nesta quarta-feira, 8, no IT Forum Expo 2017. “Com o novo cenário também surge um consumidor emponderado, que muitas vezes sabe mais do que o profissional que lhe oferece um produto ou serviço”, acrescentou.

Segundo ele, precisamos nos integrar rapidamente às transformações digitais e ocupar nosso papel de líderes do movimento de inovação, empreendedorismo e colaboração. Para tal, é preciso rever o mindset, alinhando-o não somente à proposta de valor do negócio, como também ao que queremos para nossa vida e profissão.

Empresas transgênero

O mundo atual transformado e imprevisível também desestabilizou o mercado corporativo. As empresas que querem sobreviver e prosperar neste novo mundo devem estar preparadas para mudanças imprevisíveis e se reinventar diariamente. “Vivemos em um mundo que não é mais linear e precisamos nos reinventar para nos adaptarmos a ele. Inovar deve passar a ser um exercício diário e não pontual”, ressaltou o executivo.

Diante deste cenário surgem as empresas “transgênero”, ou seja, adaptáveis às mudanças imprevisíveis e impactantes do novo mundo. Tais organizações não possuem limites para se reinventar, arriscar e progredir. “As empresas tradicionais devem estar atentas a este novo perfil de concorrente, já que as organizações transgênero vão conquistar mercados e clientes, depois atrair os melhores funcionários, e, finalmente, avançar sobre os ativos de seus rivais”, alertou.

Carrusca deixou uma mensagem clara: as empresas não têm escolha. Ou assistem passivamente o seu fim ou aproveitam os benefícios que uma estratégia de negócio sem amarras e a ambição sem fronteiras possam oferecer.

 

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