Regulação é necessária para fomento dos negócios em IoT

Executivos do setor de telecomunicações debateram nesta terça-feira (03/10), durante painel no Futurecom 2017, maior evento de TIC da América Latina que acontece esta semana em São Paulo, os desafios para construir, no País, modelos de negócios sustentáveis no ecossistema de Internet das Coisas (IoT).

Dentre as várias ações que, segundo eles, precisam ser endereçadas para este modelo de negócio evoluir, o apoio de uma regulamentação é a primordial. Para Luiz Alexandre Garcia, CEO da Algar, o ideal é criar um novo modelo e não adaptar a regulação de telecom para IoT. “Precisamos de liberdade na regulamentação, temos consciência que os custos tributários não podem ser maiores que o valor do serviço prestado para fomentar o mercado da forma mais apropriada possível.”

Aníbal Diniz, conselheiro da Anatel, relatou que a agência está ciente de não se antecipar a querer apresentar uma regulamentação de IoT. “Entendemos que está tudo incipiente e devemos aguardar os desdobramentos. Agora vamos nos preocupar com a parte de infraestrutura, visto que ainda temos muitas áreas carentes neste sentido”, comentou.

Ecossistema de parceiros

Para difundir um modelo de negócio que estimule a inovação no setor de IoT, os executivos defenderam o trabalho das operadoras em parceria com outros players. De acordo com Eduardo Parajo, presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), há um cenário promissor para os provedores de internet colaborarem com o segmento. “A indústria deve se unir para tentar buscar uma solução que entregue tudo. A oportunidade do IoT vai mostrar que essa complementaridade é importante entre pequenos, médios e grandes players”, ressaltou.

Na visão de Vinicius Dalben, vice-presidente de estratégia da Ericsson no Brasil, o setor precisa de humildade para entender que é preciso trabalhar em parceria com pessoas que entendam do segmento de Internet das Coisas. “Teremos que ser capazes de estabelecer uma plataforma tecnológica para firmar essas parcerias, além de investir em capital humano local para atender a demanda e transformar o setor”.

Para Luís Minoru Shibata, CSO da TIM, é essencial que as operadoras invistam em outras vertentes, para além de sua identidade. “O DNA da operadora é oferecer conexão, ampliar cobertura e armazenar dados, e o IoT foge disso”, declarou, acrescentando que é preciso estimular um modelo de conectividade embarcada com algum dashbord de inteligência para fomentar a IoT. “Precisamos ter a consciência que, se nós operadoras não avançarmos com parceiros, com uma forma diferente de pensar, não sairemos da mesmice”, finalizou Ney Acyr, diretor de negócios para IoT da Embratel.

 

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