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4 tendências em certificações ISO para o futuro da gestão

No final do ano de 2019, ocorrerá o FestQuali, um evento voltado a discutir qualidade, inovação e a gestão dentro do novo cenário empresarial e econômico do mundo. Um dos temas abordados no evento será justamente as tendências em certificações ISO, que irão atender às empresas nessa nova era em que vivemos. As normas ISO ajudam a ditar padrões que vão da qualidade à segurança dentro das empresas, melhorando a gestão, reduzindo custos, riscos e tornando-as mais competitivas e alinhadas ao que o mercado demanda.

Em 1987, a ISO 9.001 se tornou conhecida mundialmente e foi a primeira a ser tendência entre as organizações. As empresas a procuravam com frequência, já que ela ditava os padrões de qualidade que hoje são standard em qualquer produção. A tendência hoje é obrigação porque se tornou o mínimo que o mercado espera de uma empresa para que sua gestão da qualidade tenha competitividade e cumpram todos requisitos necessários. O que era diferencial, acabou se tornando obrigação.

Na década de 1990, a tendência mais forte foi em torno das normas ambientais, quando a 14.001 se tornou o grande alvo das empresas. Muito por conta da ECO 92, que foi uma conferência da ONU sobre meio ambiente, a busca por atender a novos padrões de cuidado com o meio ambiente se tornou a demanda da vez. Essa norma teve sua primeira versão em 1996, surgindo como tendência e mais uma vez se tornando padrão mínimo de operações que respeitam o meio ambiente.

Após isso, as empresas passaram a sentir a necessidade de fechar um tripé de normas que melhorassem a gestão com algo que atendesse à segurança do trabalho. A norma britânica OHSAS 18.001, sobre segurança ocupacional, foi quem ficou responsável por atender a essa nova necessidade e tendência do mercado, atualmente substitúida pela ISO 45001.

De modo geral, toda tendência nasce de uma demanda macroeconômica. As empresas sentem necessidade de melhorar processos, pois deles dependem crescimento, competitividade e legalidade, e é interessante pensar que é uma forma de sempre se estar caminhando ao lado das transformações do mercado.

É por isso que, a partir dos tempos atuais, a atenção ao que é tendência se tornou muito maior. Nos anos 2000, diversas normas e certificações foram lançadas pela ISO para abordar temas variados que ajudassem os empresários. Normas ligadas à segurança da informação, gestão de energia, antisuborno, entre outras, passaram a ser demandas do mercado para melhorar processos. Não é à toa que, diante de toda a revolução econômica e social que enfrentamos hoje, tenhamos novas tendências nesse segmento. Na minha opinião, as quatro mais relevantes nesse momento são:

ISO 37001, antisuborno: é uma norma voltada para processos de compliance antissuborno, assunto muito latente hoje, sobretudo na América Latina e EUA, devido aos problemas recentes com governos dessa região. A proposta é atender a regulações internacionais.

ISO 27001, segurança da informação: os constantes vazamentos e escândalos ligados a perdas e roubo de dados digitais já vem desde o Wikileaks, passando por Snoden e chegando à “Vaza” Jato, que expôs conversas dos procuradores da operação Lava Jato. Ataques hackers são cada vez mais uma preocupação, e é preciso se atentar à segurança da informação. Porém, esse não é apenas um problema de hardware e software, é uma questão de gestão.

ISO 56002, inovação: é uma norma de diretrizes que ajuda as organizações a se adequarem, sobretudo, às novas tendências tecnológicas e comportamentais do mercado, como a nova revolução industrial que vem com a Indústria 4.0. Essa norma foi publicada em 2019.

ISO 45001, saúde ocupacional: lançada ano passado, essa norma vem substituir a OHSAS, adotando um caráter internacional e abordando a segurança e saúde ocupacional com a devida atenção.

Essas são as principais tendências que devem se tornar padrão de normatização, certificação e aplicação dentro das empresas. É preciso estar alinhado a essas demandas do mercado, como empresa e como profissional, podendo adotar posições de vanguarda e agregar, o quanto antes, valor a todo o processo organizacional.

*Por Neifer França

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