Quatro recomendações para reduzir riscos cibernéticos no home office

Estudo da Marsh e da Microsoft indica aumento de ameaças na América Latina desde o início da pandemia. Iniciativas básicas podem reduzir riscos

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9:22 pm - 11 de fevereiro de 2021
shadow it kaspersky profissionais de cibersegurança

A correria das empresas para se adequarem ao teletrabalho no início da pandemia trouxe uma série de riscos cibernéticos, segundo um estudo feito pela Marsh Brasil a pedido da Microsoft e divulgado nesta quinta-feira (11). E, pior, os investimentos necessários para assegurar os dispositivos nesse novo ambiente na América Latina deixam a desejar.

Para os porta-vozes das duas companhias, ao menos nunca é tarde para aplicar mecanismos de controle e segurança cibernética, reduzindo riscos. Muito embora seja impossível eliminar completamente os riscos cibernéticos, os funcionários podem ser conscientizados sobre a manipulação segura de informações confidenciais e a forma de identificar ameaças e detectar ataques cibernéticos em tempo hábil.

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“Agora, mais do que nunca, nossa recomendação para proteger as empresas inclui uma estratégia de segurança integrada, que use inteligência em nuvem para proteger usuários, dispositivos e dados”, diz Marcello Zillo, conselheiro-chefe de segurança da Microsoft América Latina. Segundo ele, a Microsoft analisa diariamente 8 trilhões de sinais e ataques que vêm de diferentes fontes e bloqueou mais de 13 bilhões de e-mails maliciosos e suspeitos em 2019.

O executivo faz quatro recomendações básicas de cibersegurança para as empresas, que juntas são capazes de prevenir a maior parte das ameaças comuns no novo ambiente de trabalho distribuído.

1. Adotar a autenticação de múltiplos fatores

Capazes de “reduzir em 99,9% os ataques de roubo de identidade”, trata-se de uma medida nativa de boa parte dos softwares e sistemas de mercado, inclusive para uso pessoal. Para a Microsoft, é um método obrigatório para todas as contas administrativas e recomendado para todo usuário. Recomenda ainda que o método usado seja o aplicativo autenticador ao invés de SMS ou voz.

2. Usar o potencial da nuvem

Migrar para a nuvem é considerado o primeiro passo para possibilitar um trabalho remoto seguro, diz a Microsoft. Soluções em nuvem são capazes de proteger soluções rodando em nuvens públicas, privadas e híbridas. Segundo Zillo, também aumentam os níveis de resiliência e disponibilidade dos sistemas, além de tornar possível o uso de recursos de inteligência artificial e aprendizado de máquinas, fundamentais para lidar com o volume crescente de ameaças.

3. Monitorar regularmente os sistemas da informação

Outra possibilidade de uso da Inteligência Artificial é automatizar checagens frequentes de sistemas críticos e o comportamento dos usuários corporativos. O objetivo é detectar novos tipos de ataques e comportamentos anormais, identificar e mitigar tentativas de roubo de dados ou uso indevido de credenciais de acesso, além de proporcionar mais agilidade na detecção e resposta a ataques.

4. Validação da segurança nos dispositivos em rede

Checar continuamente a integridade dos sistemas e dos dados armazenados nos dispositivos dos usuários é a última recomendação básica dada pelo executivo da Microsoft. “Para nós o controle de acesso e a proteção dos dados passa por um conjunto de boas práticas”, diz.

Recomendação extra: treinar os colaboradores

Para a Microsoft, é preciso que os usuários corporativos sejam capazes de identificar e lidar com ataques mais comuns, principalmente os que usam engenharia social para roubar credenciais. É possível fazer simulações de ataques – recurso presente no Office 365 – para treinar funcionários e diminuir suscetibilidades.

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