Quase metade das empresas ainda teme a nuvem, indica estudo
Pesquisa realizada no Brasil pela Tech Supply, fornecedora de soluções de monitoramento, relata que o receio em relação à segurança na nuvem ainda não passou. Dados do levantamento, conduzido com 400 empresas, sendo 80% delas entre as 500 maiores, mostram que 43% das empresas no País não se sentem seguras ao migrar para a nuvem.
Em mais da metade das organizações (51%) o uso de ferramentas em nuvem é restrito, relata a pesquisa. Além disso, 43% dos pesquisados não planejam implantar nenhum tipo de sistema em nuvem (como CRM e ERP). Apenas 17,8% dessas companhias estão na cloud em larga escala, e a mesma quantidade de usuários prefere não armazenar dados críticos na rede.
Dos que usam as soluções em cloud, 9,1% disseram confiar nas certificações de segurança. Enquanto 21,3% não confiam nos controles e os consideram fracos e deficientes e mais de 30% precisam se informar melhor sobre o assunto. Para 18% das empresas, a nuvem deixa dúvidas sobre segurança para armazenamento de dados corporativos.
De acordo com Suely Correa, doutora em Sistemas de Informação pela USP e diretora de Pesquisa e Treinamento da Tech Supply, um dos motivos para as empresas temerem migrar para a nuvem é a pressão para aperfeiçoar os processos, mas ao mesmo tempo evitar riscos.
Para ela, o desconhecimento sobre a melhor forma de aplicar na prática, com resultados mensuráveis, metodologias e soluções em cloud, é um dos principais fatores que dificultam a decisão da evolução da empresa. “O tripé corporativo de software, processos e pessoas deve estar totalmente alinhado com as metas da corporação para que a adoção de novas tecnologias consiga fluir conforme o planejado”, considera.
Dos respondentes, 44,3% afirmam que não têm uma solução de gestão de riscos ou algum projeto em andamento nessa área, e esse fator foi apontado no estudo por 35,6% como o principal desafio para a gestão dos negócios. Para 28,9%, o controle efetivo sobre prevenção de fraudes e operações irregulares são os gargalos de suas operações.